Passar por um processo cirúrgico não é fácil. É preciso ter paciência, dedicação e total apoio de familiares e pessoas próximas para que a recuperação seja rápida e tranquila. Toda criança que nasce com o problema de fenda palatina, precisa, o quanto antes, realizar uma cirurgia reparadora. Mas tão importante quanto a operação, são os cuidados que o paciente precisa ter após o procedimento. Você sabe quais são eles? O patologista bucal Daniel Cohen Goldemberg explica ao Sorrisologia.
Tome toda a medicação recomendada
Assim que o paciente sai da mesa de cirurgia, os primeiros dias de pós-operatório são os mais complicados. “Existe uma grande possibilidade do bebê sentir dor e desconforto”, afirma o profissional. Mas fique calmo, todo esse efeito é normal e pode ser controlado com uma medicação adequada indicada, dependendo de cada caso.
Tenha paciência com a alimentação
Durante este período, o paciente não comerá tanto quanto de costume. Portanto, no início, é possível que seja necessária uma alimentação intravenosa, mas, com o tempo, a rotina alimentar volta ao normal. O cirurgião indicará uma dieta especial para o paciente durante este período. “Geralmente com alimentação mais líquida ou pastosa e evitando alimentos quentes, preferindo alimentação mais gelada”, conta Daniel.
Siga as instruções dos profissionais
Mesmo que tenha passado algumas semanas após a cirurgia e a criança esteja apresentando uma melhora no quadro, é importante seguir todas as recomendações no tempo exato que o cirurgião receitou. “É crucial que se siga as instruções dos profissionais envolvidos sobre a alimentação para permitir a recuperação da cirurgia o mais rápido possível, com a cicatrização plena do palato do paciente”.
Acompanhamento do paciente e da família
Daniel também alerta sobre o aconselhamento genético para o paciente e sua família. Nos casos em que não há uma síndrome, o risco de desenvolver fenda em um descendente é bem mínimo. “De 3% a 5% no caso de nenhum outro parente de primeiro grau também ser afetado”, afirma. Mas essa possibilidade aumenta para 10% a 20% se outros parentes de primeiro grau são afetados. “O risco pode ser maior para aqueles com fendas que estão associadas à síndrome, de acordo com um possível padrão hereditário”, conclui.