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Dentes do Siso: 4 Dicas para uma Recuperação Tranquila

Dentes do Siso: 4 Dicas para uma Recuperação Tranquila

Se você já sentiu uma dorzinha incômoda no fundo da boca que pareceu surgir do nada, é bem possível que os famosos dentes do siso estejam dando o ar da graça. Estes últimos integrantes da nossa família dentária geralmente aparecem entre os 17 e 25 anos, mas nem sempre são bem-vindos. E não é por menos! Em muitos casos, eles trazem consigo uma série de complicações, como dor, inchaço e até mesmo problemas de alinhamento dos dentes já estabelecidos. 

Mas por que esses novatos causam tantos problemas? A verdade é que, na maioria das vezes, nossas bocas simplesmente não tem espaço suficiente para acomodá-los. Isso pode levar à impactação, ou seja, quando os dentes do siso não conseguem erupcionar completamente ou ficam presos no osso ou na gengiva. Daí vem a dor, a pressão, e, eventualmente, a visita ao dentista para avaliar a necessidade de extração. 

A remoção desses dentes pode ser um alívio imenso, mas o que acontece depois? A recuperação é uma etapa fundamental que não deve ser negligenciada. Uma reabilitação tranquila não só alivia o desconforto e acelera o processo de cura, mas também previne complicações indesejadas, como infecções e alveolite, infecção do alvéolo, a parte interior do osso onde se encaixa o dente. Por isso, dedicar atenção e cuidado ao período pós-operatório é essencial para garantir que sua experiência com os dentes do siso termine em um sorriso, e não em mais dor. 

Neste post, vamos entender 4 dicas sobre o dente do siso, desde a necessidade de extraí-los até como você pode garantir uma recuperação tranquila e sem estresse após a cirurgia. Conversamos com o Dr. André Alvim, especialista em periodontia, e reunimos quatro coisas que você precisa saber nesse momento.

Confira!

1. É sempre necessário remover os dentes do siso?

Muitas vezes ouvimos histórias de pessoas que passam pelo processo de extração dos dentes do siso e isso pode nos levar a pensar: será que todos precisamos passar por isso? A resposta curta é não, nem sempre. A decisão de remover os dentes do siso é bastante individual e depende de vários fatores relacionados à saúde bucal de cada um. 

Quando a extração não é necessária? 

Há situações em que os dentes do siso conseguem conviver harmoniosamente com seus vizinhos na boca. Vamos ver alguns desses casos:

  • Sisos saudáveis e eruptos: se seus dentes do siso nasceram completamente, estão saudáveis, posicionados e não comprometem os dentes adjacentes, eles podem não precisar ser removidos. Isso mesmo, eles podem ficar lá, fazendo parte do seu sorriso sem causar problemas. 
  • Sisos Funcionais: dentes do siso que ajudam na mastigação e complementam a arcada dentária sem causar dor ou desconforto são considerados funcionais. Nesses casos, eles são mais um ativo do que um passivo para a sua saúde bucal. 
  • Sem impacto na saúde bucal: se os dentes do siso não estão causando danos aos dentes vizinhos, não há sinais de cárie, doenças periodontais ou outras complicações, a extração pode não ser necessária. A chave aqui é a prevenção e o acompanhamento regular com seu dentista. 

2. Como é feita a cirurgia de extração dos sisos e o pós-operatório

A ideia de passar por uma cirurgia para extrair os dentes do siso pode parecer um tanto quanto intimidadora, mas entender o processo pode ajudar a aliviar qualquer ansiedade. Vamos descomplicar esse procedimento juntos! 

O procedimento cirúrgico

A cirurgia de extração dos sisos é um procedimento bastante comum e em geral, é realizada sob anestesia local, regional, ou em alguns casos, geral, garantindo que você não sinta dor durante o processo. Aqui está o que geralmente acontece: 

  • Anestesia: para começar, seu dentista ou cirurgião-dentista aplicará a anestesia, escolhida com base na sua saúde, no número de dentes a serem extraídos e no nível de complexidade da cirurgia. 
  • Extração: com a área completamente anestesiada, o dentista realizará uma pequena incisão na gengiva, se necessário, para acessar o dente. Se o dente estiver impactado (preso abaixo da linha da gengiva), ele pode precisar ser removido em pedaços menores para facilitar a extração. 
  • Limpeza e fechamento: após a remoção do dente, a área é limpa de qualquer resíduo de dente ou osso, e a gengiva é suturada, se necessário. Muitas vezes, são utilizados pontos que se dissolvem sozinhos, simplificando o processo de recuperação. 

O cuidado pós-operatório

A recuperação após a extração dos sisos é parte fundamental para evitar complicações e garantir uma rápida melhora. Aqui estão algumas dicas para um pós-operatório tranquilo: 

  • Repouso: nas primeiras 24 horas, é importante descansar e evitar atividades físicas intensas para reduzir o risco de sangramento e inchaço.
  • Aplicação de gelo: usar uma bolsa de gelo na face, alternando 15 minutos com gelo e 15 minutos sem, pode ajudar a minimizar o risco de inchaço.
  • Higiene oral: siga as instruções do seu dentista sobre como limpar a boca após a cirurgia. Evite enxaguar vigorosamente para não desalojar o coágulo de sangue que se forma na cavidade. “É importante higienizar a área operada com uma escova macia, fio dental, pouca pasta e usar um cotonete embebido com enxaguante bucal à base de clorexidina sem álcool”, recomenda André.
  • Acompanhamento com o dentista: seguir as recomendações do seu dentista e retornar para o acompanhamento necessário é fundamental para a recuperação completa da cirurgia, pois assim você garante que a cicatrização esteja ocorrendo como esperado. 

3. O que muda na alimentação após a retirada dos sisos? 

Depois de dar adeus aos seus sisos, o próximo passo é garantir uma recuperação suave e sem complicações. E acredite ou não, mas a alimentação desempenha um grande papel nesse processo. Você deve estar se perguntando “o que muda na dieta após essa cirurgia?” Vamos analisar as dicas para transformar esse período de recuperação em uma experiência mais agradável. 

Alimentos macios são seus melhores amigos

Nos primeiros dias após a extração, sua boca estará sensível e mastigar alimentos duros ou crocantes pode ser mais uma missão dolorosa do que uma refeição. Por isso, alimentos macios e de fácil mastigação não apenas serão mais confortáveis mas também ajudarão a evitar qualquer irritação no local da extração. Sopas cremosas, purês, iogurtes e até mesmo sorvetes são perfeitos para esses dias. 

Diga sim aos alimentos frios

Alimentos frios ou à temperatura ambiente podem ser bastante reconfortantes após a cirurgia. Eles ajudam a acalmar a área operada e podem até ajudar a reduzir o inchaço.

Hidratação é a chave

Manter-se hidratado é essencial, especialmente após a cirurgia. A água não apenas ajuda na hidratação geral do corpo, mas também pode auxiliar na limpeza e na cura da área operada. Só tome cuidado para não usar canudos nos primeiros dias, pois a sucção pode afetar negativamente o processo de cicatrização. 

O que evitar? 

Alguns alimentos e bebidas devem ser evitados para garantir uma recuperação tranquila. Alimentos muito quentes, picantes, ácidos, ou aqueles que se desfazem em pequenos pedaços (como a pipoca) podem irritar ou ficar presos na área da extração, o que definitivamente não é o que queremos. 

4. Fumar e beber pode ser prejudicial depois de remover os sisos?

Após a remoção dos sisos, seu corpo entra em um modo de recuperação total e algumas atividades rotineiras podem impactar significativamente esse processo. “Após a extração, a ferida do pós-cirúrgico não pode ficar exposta a substâncias tóxicas presentes no fumo e no álcool”, explica André. “O calor excessivo causado pelo cigarro pode causar também hemorragias, e o álcool pode interagir com a medicação e causar efeitos colaterais.” Entenda mais abaixo! 

O impacto do tabaco na cicatrização

Fumar após a extração dos sisos pode ser tentador, especialmente se for um hábito diário. No entanto, o ato de fumar pode atrasar o processo de cicatrização. O tabaco reduz o fluxo sanguíneo para a área afetada, o que é essencial para a cicatrização, e pode aumentar o risco de complicações, como a temida alveolite seca, que é uma condição dolorosa onde o coágulo de sangue necessário para a cicatrização é desalojado ou não se forma corretamente. 

Álcool: um inimigo silencioso da recuperação

E quanto a uma taça de vinho ou uma cervejinha bem gelada para relaxar? Melhor pensar duas vezes. O álcool pode interferir na ação dos medicamentos pós-operatórios e aumentar o risco de sangramento, além de poder irritar a área sensível da extração. Assim como o tabaco, o álcool não é um aliado na recuperação. 

Complicações comuns e como evitá-las

Mesmo com um procedimento tão comum quanto a extração dos sisos, algumas complicações podem surgir. Conhecer cada uma delas e como preveni-las é o primeiro passo para uma recuperação sem sobressaltos.

  • Infecção: uma das complicações mais temidas é a infecção. A boca é um ambiente naturalmente repleto de bactérias, o que pode complicar o processo de cicatrização. Para prevenir infecções, é imprescindível manter uma boa higiene bucal, seguindo as instruções específicas do seu dentista. E não podemos esquecer que manter as mãos longe da área afetada evita a introdução de novas bactérias. 
  • Alveolite: esta condição ocorre quando o coágulo de sangue que se forma no local da extração é desalojado ou dissolve-se prematuramente, expondo osso e nervos subjacentes. Por isso, evite sucção forte (como usar canudos ou fumar), não mexa na área com a língua ou dedos e siga uma dieta apropriada são passos fundamentais para prevenir essa condição por vezes dolorosa. 

Chegamos ao fim sobre a extração dos dentes do siso, desde entender a necessidade da remoção até garantir uma recuperação tranquila. Lembre-se que cada pequeno cuidado, desde a escolha dos alimentos até a manutenção da higiene oral, desempenha um papel vital na sua recuperação. 

Embora estejamos equipados com informações e dicas valiosas, nada substitui o acompanhamento profissional. Cuidar da saúde bucal é cuidar da sua saúde como um todo. Se você vai extrair os dentes do siso, desejamos uma recuperação rápida e tranquila e acima de tudo, sem complicações. 
 

Este artigo tem a contribuição do especialista:
André Alvim – CRO-RJ 24039
Especialista em Periodontia pela Odontoclínica Central da Marinha
Rio de Janeiro – RJ

Originalmente publicada em 22/05/2019
Atualizada em 18/03/2024

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