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Qual é a importância do dentista no tratamento de distúrbios alimentares?

Qual é a importância do dentista no tratamento de distúrbios alimentares?

O dentista é um profissional muito importante quando se trata de saúde bucal. Com ele, conseguimos manter um sorriso bonito, equilibrado e longe de qualquer tipo de doença. Apesar deste ser o foco do especialista, também existem tratamentos de outras áreas da medicina que necessitam da sua ajuda, como é o caso da terapia de distúrbios alimentares. Mas o que isso tem a ver com a Odontologia? Pode não parecer, mas problemas como a bulimia e a anorexia afetam diretamente o sorriso do paciente. É aí que entra a ajuda desse profissional. Para esclarecer melhor, convidamos a especialista Rhianna Barreto.

O que são distúrbios alimentares?

Os dois principais distúrbios relacionados às desordens alimentares são a anorexia e a bulimia nervosa. Ambas causam problemas ao bem-estar, qualidade de vida e saúde bucal do paciente. Segundo a dentista, aproximadamente 85% destas desordens aparecem na adolescência. “Os pacientes portadores desses distúrbios podem apresentar uma complexa desordem psiquiátrica com distintas causas e diferentes características que estão relacionadas a problemas médicos, dentais e formas de tratamento”, relata.

Como o dentista ajuda no diagnóstico dos distúrbios alimentares?

Pode até parecer um pouco duvidoso para você, mas, é verdade. O cirurgião-dentista possui um papel importante no diagnóstico das desordens alimentares. Rhianna explica como esse processo costuma ser feito no consultório dentário. “Através da anamnese e exame físico extra e intra-oral, é possível descobrir sinais e sintomas sugestivos destas desordens. Ele poderá ser o primeiro profissional da área de saúde a detectar alguma alteração”, garante. Percebe como esse especialista é importante para sua saúde de uma maneira geral?

Como o profissional deve proceder?

Ao notar esses sinais e outras complicações no ambiente, é de extrema importância que o profissional faça uma abordagem multidisciplinar na educação tanto alimentar, quanto de higiene bucal do paciente. Isso vale, principalmente, para pessoas que enfrentam dificuldades ao escovar os dentes e apresentam lesões frequentes de cáries.

Já em pacientes que estão livres dessas bactérias e possuem uma higiene adequada, a educação deve ser focada nos possíveis riscos decorrentes. “O cirurgião-dentista, na anamnese, deve investigar o assunto de forma cautelosa e ao mesmo tempo obter informações a respeito da doença, como hábitos alimentares e possíveis problemas gastrintestinais”, explica.

O dentista deve ter um bom relacionamento com o paciente

De acordo com Rhianna, o profissional deve ter uma postura adequada durante a consulta e um bom relacionamento para garantir a confiança do paciente. Isso gera resultados positivos quanto ao transtorno e melhora a autoestima por meio do tratamento odontológico. Ao longo do tempo, a terapia também acaba evitando a deterioração dos dentes. “Ainda, é necessário que o profissional esteja apto a diferenciar os distúrbios alimentares e conhecer quais doenças geram mais efeitos à cavidade bucal”, alerta. Além disso, o dentista deve possibilitar uma abordagem ampla para que outros profissionais da área de saúde se tornem engajados na cura e resolução das complicações.

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