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Pacientes com síndrome de Down: cuidados com a higiene bucal, a importância de um atendimento especializado e problemas bucais mais comuns

Pacientes com síndrome de Down: cuidados com a higiene bucal, a importância de um atendimento especializado e problemas bucais mais comuns

Cuidar do sorriso é um hábito que precisa existir na rotina de todos. Porém, algumas pessoas necessitam de mais atenção quando o assunto é a saúde bucal, como é o caso dos pacientes com síndrome de Down. Além de uma boa rotina de higiene bucal, eles também devem ir com regularidade ao dentista e consultar, de preferência, um profissional especializado no atendimento de pacientes com necessidades especiais. Para entender melhor a importância desses cuidados, o Sorrisologia entrevistou a dentista Daniele Machado.

Características bucais que um paciente com síndrome de Down

– Lábios e língua fissurados;

– Mandíbula e cavidade oral pequenas;

– Palato atrésico;

– Fenda labial e palatina.

Doenças bucais comuns nos pacientes com síndrome de Down

A dentista Daniele explica que é comum encontrar algumas alterações oclusais nos pacientes, como mordida cruzada anterior e posterior, isso acontece porque a má posição da língua produz força anormal nos dentes. Além disso, observa-se ainda: “Bruxismo e macroglossia, retardo no nascimento dos dentes, alteração de forma e até mesmo ausência de alguns elementos dentários”, revelou. Além disso também podemos citar o acúmulo de placa bacteriana, gengivite, periodontite, úlceras aftosas, infecções orais por cândida, destruição periodontal severa, halitose e perda precoce dos dentes.

Dentre as doenças crônicas sistêmicas, destacam-se: cardiopatias, a mais frequente sendo o prolapso da válvula mitral e a probabilidade de ocorrer endocardite bacteriana – que nesses casos é de 3 a 8 vezes maior. Para prevenir, o dentista deve fazer uma profilaxia antibiótica antes de realizar procedimentos invasivos.

A especialista ainda lista outros problemas: “Hipotireoidismo, disfunção da tireoide que pode afetar diretamente o desenvolvimento dos ossos e dentes, ocasionando atraso no nascimento tanto dos dentes de leite quanto permanentes; alterações nas vias respiratórias, que provocam ressecamento das mucosas e outras estruturas bucais facilitando o aparecimento de cáries e da periodontite”, atentou.

Cuidados com a higiene bucal que um paciente com síndrome de Down precisa ter e reforçar

Para que o paciente com síndrome de Down tenha um sorriso saudável, é fundamental praticar alguns cuidados de higiene bucal que vão além de escovar os dentes. A profissional cita todos eles: “O acompanhamento periódico com o dentista deve ser preconizado; o papel da família é primordial para o sucesso do tratamento odontológico, receber orientações como estimulação do aleitamento materno quando possível, adotar uma alimentação saudável, reformar a imunização e a higienização supervisionada é fundamental”. Com um plano de tratamento adequado o paciente consegue combater as doenças bucais que são comuns na sua boca. 

Escova de dentes elétrica e outros produtos que podem facilitar a higiene bucal

Por conta da limitação motora que muitos pacientes com síndrome de Down apresentam, existem ferramentas que tornam a higiene bucal bem mais fácil, como é o caso da escova de dentes elétrica. Essa tecnologia possui um motorzinho que realiza uma série de vibrações nas cerdas, otimizando a remoção da placa bacteriana e outras sujeirinhas na superfície e no espaço entre os dentes. Assim, basta o paciente movimentar a escova por todos os cantos da arcada dentária.

A importância de um atendimento odontológico especializado

A inclusão do cirurgião-dentista na terapia de um paciente com síndrome de Down é fundamental. “A busca por auxílio odontológico deve ser o mais cedo possível, tendo em vista a erupção dentária e a predisposição ao desenvolvimento de doenças periodontais e cárie devido às alterações bucais, deficiência motora e neurológica do paciente, além da necessidade de orientar os responsáveis”, ressaltou Daniele.

A odontologista ainda conta que o Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal e a Secretaria de Estado de Saúde criaram uma comissão para o atendimento odontológico ao paciente com necessidades especiais e elaboraram um protocolo de atendimento através de um manual . “Este documento é muito interessante, pois auxilia o cirurgião-dentista na questão do atendimento, que nem sempre é fácil, por isso requer atuação especializada”.

Esse artigo contou com a participação de:

Daniele Machado
CRO-RJ 26.953
Cirurgiã-dentista formada pela Universidade Federal Fluminense e mestranda em prótese na Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas. Ela é uma profissional com ampla experiência no atendimento clínico, planejamento e execução de reabilitações orais e estéticas, inclusive implantes.

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