Qual o problema ortodôntico mais comum e como tratá-lo?

Qual o problema mais comum tratado pela ortodontia?

Não há um estudo que aponte maior prevalência de casos de uma determinada má oclusão. Isso se daria por conta das causas desses problemas, que podem ir desde herança genética a desequilíbrios funcionais, passando por estilo alimentar e maus hábitos. Apesar de não ter como apontar uma mais comum, dra. Uila Ramos aponta algumas que costumam aparecer mais comumente nos consultórios. “O apinhamento dentário e a má oclusão de classe II são más oclusões bastante presentes na população em várias pesquisas”, aponta.

Tratamentos ortodônticos são indicados para quais problemas?

Os aparelhos ortodônticos são usados para movimentar os dentes para que eles se encaixem melhor na boca. Popularmente chamados de dentes tortos, o conjunto de posicionamentos dentais que fogem do considerado padrão pela ortodontia são chamados tecnicamente de desvios da oclusão dentária. “Eles podem ser causados por erros no posicionamento dentário, erros dentoesqueléticos e parte do tratamento ortocirúrgico quando o paciente apresenta desequilíbrio esquelético no relacionamento entre as bases ósseas (maxila e mandíbula)”, explica dra. Uila.

As más oclusões (como tão chamados cada desvio de oclusão) são divididas nas seguintes classificações:

Mordida aberta: quando os dentes de cima não encostam nos dentes de baixo, deixando um espaço aberto na boca. Isso pode acontecer tanto com os dentes da frente, quanto com os dentes de traz.

Mordida cruzada: quando um ou mais dentes inferiores estão posicionados à frente de um ou mais dentes da arcada superior;

Mordida profunda: quando os dentes de baixo se posicionam muito atrás dos dentes de cima, ficando completamente escondidos por eles.

Apinhamento dentário: os dentes situam-se desalinhados pela falta de espaço na arcada dentária.

Além da classificação por posicionamento, as más oclusões também são divididos em classes por severidade do problema:

Classe I: os molares estão bem posicionados, porém, incisivos superiores podem estar mais inclinados para fora, estarem separados, rotacionados, haver apinhamentos, associação com a mordida aberta anterior ou cruzada anterior.

Classe II: é a má oclusão em que a mandíbula se encontra posicionada mais para trás em relação à base do crânio, a maxila pode estar mais para frente da base do crânio ou a combinação de ambas condições. Ela também pode ser de natureza dentária, isto é, não há erro no posicionamento das bases ósseas, mas sim um posicionamento incorreto do molar superior, ficando à frente do que seria sua posição correta.

Classe III: neste caso, a mandíbula está mais para trás em relação à base do crânio, a maxila pode mais à frente ou a combinação de ambas discrepâncias esqueléticas. Quando a classe III se deve apenas a um erro de posicionamento dos dentes, é possível ver molar inferior em posição mais avançada em relação ao contato correto com o superior.

Alguns cuidados podem evitar problemas ortodônticos

Os problemas de oclusão podem ser evitados se tomarmos alguns cuidados. A amamentação materna até pelo menos os seis meses de idade contribui bastante para que os dentes nasçam nas posições corretas. “Respiração nasal, alimentação que estimula o crescimento orofacial, manutenção de adequada higiene bucal e acompanhamento periódico às consultas para prevenção em saúde bucal são fatores bastante positivos para a prevenção das oclusopatias”, indica dra. Uila.