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Odontopediatria: especialidade que cuida do sorriso das crianças

Odontopediatria: especialidade que cuida do sorriso das crianças

A odontopediatria é uma especialidade dentro da odontologia voltada principalmente para cuidar da saúde bucal dos mais jovens, desde bebês até adolescentes. Dessa forma, o profissional da área é essencial para acompanhar todo o crescimento e a formação dentária das crianças, garantindo que o sorriso dos pequenos fique longe dos problemas. Para saber mais sobre o assunto, o Sorrisologia conversou com uma expert no assunto: a odontopediatra Joaquina Diniz. Confira a seguir!

1. Conheça a odontopediatria

Engana-se quem pensa que a odontopediatria se destina apenas às crianças pequenas. De acordo com a profissional, essa especialidade também abrange uma área chamada hebiatria, que consiste no tratamento de adolescentes. Segundo a mesma, um odontopediatra é capacitado para atender tanto a gestante em seu pré-natal odontológico quanto o neonato em seus primeiros dias de vida, as crianças e até mesmo adolescentes até os 18 anos. Além disso, o profissional dessa área possui os mesmos conhecimentos odontológicos de um cirurgião-dentista antes de focar na odontopediatria. “Costumamos dizer que é a especialidade “integrada” porque abrange procedimentos cirúrgicos, endodônticos (canal), restauradores, ortopédicos e preventivos”.

1.1 Como um odontopediatra pode ajudar?

Por se tratar de uma especialidade “integrada”, os odontopediatras possuem a qualificação necessária para realizar uma série de procedimentos que buscam tornar o sorriso dos pequenos pacientes mais saudável. “O profissional tem todas as técnicas de manejo comportamental que o permitem fazer um bom processo diagnóstico que geralmente consiste em: anamnese detalhada sobre o estado de saúde bucal e sistêmica do paciente, bem como histórico familiar e outras questões quanto à rotina em casa, exame físico (intra e extrabucal) e quando necessário exames complementares como radiografias ou tomografias (em raros casos) por exemplo.”

Portanto, uma ajudinha do odontopediatra pode ser útil de várias maneiras! Seja para fazer uma limpeza dos dentes e garantir que não há nenhum probleminha instalado por ali, ou até mesmo para tratar algo que esteja incomodando. A formação de cáries, por exemplo, é muito comum durante a infância, e a pessoa responsável por tratar isso é justamente o odontopediatra. “É possível restaurar dentes de maneira bem rápida com a técnica de ART (tratamento restaurador atraumático) sem anestesia, por exemplo. Mas em casos com comprometimento pulpar (canal) é preciso utilizar anestesia local e os passos operatórios são um pouco mais demorados”. Então já sabe, né? Se seu filho tiver qualquer probleminha na cavidade bucal, basta correr para buscar ajuda de um especialista!

1.2 Cuidados antes dos primeiros dentinhos

Antes do nascimento dos primeiros dentinhos, muitos pais ficam na dúvida se devem ou não realizar algum tipo de higiene oral após o aleitamento de seus filhos. Segundo a odontopediatra, hoje não se recomenda mais esse tipo de higiene em bebês que são amamentados por leite materno, pois são inúmeros os benefícios que esse leite pode trazer para o organismo do neném. Já as crianças que mamam fórmula, por sua vez, não precisam ter a boquinha limpa a cada mamada, mas Joaquina dá uma dica: “as mães podem utilizar uma gaze embebida em soro fisiológico quando perceberem uma grande quantidade de leite coagulado no céu da boca dos pequenos”. De acordo com o Ministério da Saúde, é comum os bebês sofrerem com febre, irritação, diarréia e aumento da salivação no nascimento dos primeiros dentes. Mas não é preciso buscar ajuda médica. Com o fim da erupção dos dentes de leite, o sintomas desaparecem. 

1.3 Higiene bucal infantil

Depois que os primeiros dentinhos nascem, é fundamental saber como cuidar deles e, portanto, como deve ser feita a higienização nessa fase inicial. “Segundo as recomendações atuais, todas crianças devem utilizar pastas fluoretadas desde a irrupção do primeiro dente”, conta Joaquina. Mas ainda assim o auxílio de um profissional é imprescindível na hora de escolher as ferramentas certas para isso. Ninguém quer escolher a escova nem a pasta de dentes errada para os seus filhos, né? Além disso, o processo de higienização também deve seguir cuidadosamente as orientações do odontopediatra. Para ajudá-los nesse momento, a especialista dá algumas dicas:

  • 1ª) As escovações devem acontecer de manhã, após o almoço e antes de dormir – sendo que a noturna é considerada a mais importante pela redução do fluxo salivar no período de sono.

  • 2ª) A concentração adequada é de pelo menos 1.000 ppm de flúor, na quantidade de 1 grão de arroz cru de pasta na escova para crianças que ainda não sabem cuspir e de 1 grão de ervilha para aquelas que já tem controle da deglutição (geralmente por volta dos 5 ou 6 anos).
  • 3ª) O fio dental também deve ser utilizado nos pequenos que têm os dentes bem juntos uns dos outros, pois a escova não consegue higienizar a face interproximal (o meio) deles.

Além disso, Joaquina destaca que algumas crianças podem ser bem resistentes a higiene oral, mas os pais devem ter consciência de que é uma parte muito importante da rotina, e que, por mais muitas que reclamem ou chorem, ela não deve ser deixada de lado. “O ideal é tentar mostrar o exemplo (pais escovando os dentes) e tentar associar com o lúdico: seja com escovas de personagens que eles gostem, com músicas ou quaisquer que seja o estímulo que eles aceitem melhor”, aconselha.

1.4 Prevenindo problemas

Atuar na prevenção de problemas bucais é um dos objetivos da odontopediatria! Com o acompanhamento de um especialista, os pais são conscientizados desde o início de como proceder com os cuidados de higiene oral, dieta, entre outras coisas. Além disso, conforme Joaquina explica, as crianças se acostumam desde cedo com o ambiente ambulatorial e não associam o consultório com nada hostil ou desagradável, já que esse método preventivo não gera desconfortos, diferente de quando já existe algum problema, como a cárie, e o tratamento acaba não sendo muito legal. “Os problemas que não são passíveis de prevenção – como trauma, por exemplo – também são solucionados de maneira mais confortável já que a criança e família tem confiança no profissional que as acompanha”, finaliza.

2. Principais dúvidas sobre saúde bucal infantil

Todo pai se preocupa com a saúde de seu filho, e é normal que surjam algumas dúvidas ao longo do seu crescimento. Desde os cuidados com os primeiros dentinhos de leite até a troca para os permanentes, sempre vai ter algo a ser questionado. Será que já está na hora do aparelho? Chupar o dedo pode prejudicar o sorriso da criança? Com quantos anos os pequenos já podem deixar a pasta de dente infantil de lado e começar a usar a “de adulto”? A odontopediatra esclarece todas essas questões a seguir!

2.1 Com que idade a criança pode começar a frequentar o odontopediatra?

De acordo com Joaquina, o recomendado é que o acompanhamento feito por um odontopediatra se inicie ainda na barriga da mãe, no pré-natal odontológico. Isso porque, após o nascimento, alguns neonatos são encaminhados com dias de vida para avaliação do frênulo lingual que pode interferir na amamentação. “Além disso, também recebemos muitos bebês para orientar os pais sobre bicos artificiais, cuidados pré-eruptivos e o que utilizar ou não para minimizar os desconfortos relacionados à erupção de dentes”, acrescenta. Vale lembrar que o odontopediatra é capacitado para atender pacientes até os 18 anos de idade, então não há porque mudar de profissional antes disso.

2.2 Crianças com dente de leite podem usar aparelho?

Apesar de sempre bater aquela insegurança, pois muitos pais acreditam que o uso de aparelhos só é recomendado a partir da adolescência, a especialista afirma que os tratamentos ortopédicos costumam ser realizados a partir dos 6 anos quando a criança ainda tem muitos dentes de leite em boca. “Tais tratamentos visam trabalhar não só os dentes, mas as bases esqueléticas (maxila e mandíbula), facilitando muito os tratamentos de ortodontia corretiva quando necessários na dentição permanente”. Isto é, apesar desse tratamento também ser feito com o uso de aparelhos, ele não deve ser confundido com a ortodontia propriamente dita, especialidade odontológica que visa a correção de problemas na arcada dentária.

2.3 Chupar dedo pode afetar a arcada dentária da criança?

O hábito de chupar o dedo é muito comum entre as crianças, mas é preciso ter certo cuidado com isso. Segundo Joaquina, tanto a chupeta quanto o chupar dos dedos podem acarretar em uma má oclusão chamada de mordida aberta anterior. “Clinicamente, esse quadro é caracterizado pelo fato da criança sorrir e os dentes da frente não se “encostarem””, explica. Quando isso acontece, é bem provável que a criança precise passar por um tratamento ortodôntico no futuro.

2.4 A partir de que idade a criança pode usar creme dental com flúor?

De acordo com a especialista, o creme dental com flúor pode ser usado desde o nascimento do primeiro dente na boca da criança. “ A quantidade para os bebês deve ser de 1 grão de arroz cru de pasta com pelo menos 1000 ppm de flúor”, orienta. As pastas de dente infantis normalmente tem um gostinho bastante agradável para o paladar dos pequenos, mas a transição para o creme dental “adulto” já pode ser feita a partir dos 6 anos de idade.

Este artigo tem a contribuição da especialista:
Joaquina Santos Diniz – Especialista em Odontopediatria
Mogi das Cruzes, SP
CRO-SP: 115.367

Atualizada em 29/09/2022.

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