Se um prédio tem sua estrutura condenada significa que, por algum motivo, ele deixou de atender às funções para as quais foi criado. Nesses casos, demorar a intervir pode oferecer riscos e dificultar ainda mais as ações de resgate, certo? Pois, assim como na restauração de construções, para que a boca recupere todas as suas funcionalidades é preciso uma boa análise e uma estratégia inicial bem definida. Por isso, o planejamento de reabilitação oral, de acordo com o dentista Ariovaldo Stefani, é o primeiro passo para se prevenir de problemas futuros e conseguir um sorriso perfeito.
Por que investir na reabilitação da sua boca
A cavidade oral é composta por dentes, gengiva e osso. Se uma dessas estruturas é danificada, ou perde sua utilidade devido a algum trauma ou patologia, é possível reparar o problema por meio da reabilitação. “A ideia é devolver ou criar uma condição funcional mastigatória, fonética e estética que melhore a qualidade de vida do paciente”, explica Ariovaldo. Segundo ele, o processo pode ser parcial ou total, dependendo do grau de comprometimento dessas funções.
É importante lembrar que o planejamento não visa apenas o lado estético. Ele é, de acordo com o especialista, um meio de manter o equilíbrio da saúde bucal e prevenir que outras estruturas sejam prejudicadas. “A falta de um molar, por exemplo, pode desencadear a movimentação dos dentes vizinhos, alterando o posicionamento da arcada ou levando o paciente a desenvolver o hábito de mastigar apenas do lado oposto ao dente perdido, sobrecarregando a musculatura e a dentição”, justifica.
Saiba para quais pacientes o tratamento é mais indicado
Os principais candidatos a um planejamento bucal são aqueles que apresentam a falta de vários dentes. Além deles, os pacientes que tenham problemas digestivos como o refluxo ou a gastrite também são indicados. No caso desses, Ariovaldo explica que o motivo é a desmineralização do esmalte dental, que acaba causando desgaste excessivo e hipersensibilidade. “Já para reabilitação total, os aconselhados são aqueles que, ao longo da vida, passaram por vários tratamentos odontológicos sempre com o mesmo objetivo”, explica.
Só um profissional é habilitado para realizar o diagnóstico
O especialista ressalta que esse tipo de trabalho é realizado por um clínico geral experiente ou por uma equipe multidisciplinar, já que diversas especialidades são envolvidas no planejamento. “A sequência do tratamento é muito importante. É como uma orquestra em que cada instrumento tem o momento certo para entrar”. Segundo o dentista, na odontologia, cada especialidade deve seguir uma sequência lógica durante o tratamento para que, assim, seja otimizado tempo e custo, alcançando o melhor resultado final possível.