O diastema consiste basicamente em um espaço localizado entre dois dentes, o que ocorre principalmente em crianças após a troca dos dentes decíduos (de leite). Esse espaço extra não é considerado, necessariamente, uma disfunção bucal que requer tratamento. No entanto, ela pode gerar um incômodo estético e, durante a infância, até mesmo atrapalhar o desenvolvimento da fala, pois ocasiona um desvio fonético. Quer saber mais sobre o diastema e seus desdobramentos? O Sorrisologia fez uma matéria falando mais sobre as suas principais causas e tratamentos. Confira!
O que é um diastema e como é feito o seu diagnóstico
O diastema (espaço extra que se forma entre dois dentes) costuma ocorrer entre os incisivos centrais superiores, o que pode estar relacionado a alguma anormalidade no freio labial ou então a problemas de alinhamento dental.
De acordo com o estudo “The midline diastema: a review of its etiology and treatment”, publicado na Revista Academia Americana de Odontopediatria, o diastema surge muitas vezes durante a fase de dentição mista e, geralmente, some quando os caninos superiores nascem. No entanto, em alguns casos, esse espaço não fecha espontaneamente e precisa ser avaliado por um dentista.
Ainda de acordo com o estudo, o diagnóstico do diastema deve ser feito por três frentes principais: análise do histórico médico/odontológico do paciente, exame clínico (feito necessariamente por um profissional especializado) e pesquisa radiográfica. Dessa forma, é possível investigar as condições médicas do paciente, seus hábitos orais, histórico familiar de diastemas e possíveis problemas bucais relacionados. A partir daí, descobre-se melhor a origem do diastema e se haverá necessidade de realizar um tratamento.
Quais são as causas do diastema?
Existem diferentes fatores que podem ocasionar um diastema – tanto questões de desvios nos incisivos ou no freio labial quanto maus hábitos bucais que, com o passar do tempo, acarretam no aumento de espaço entre os dentes. Confira abaixo as principais causas dessa condição bucal:
- Ocorrência de “freio teto labial persistente” (quando o freio é mais alongado e proeminente);
- Presença de dentes supranumerários (dentes “a mais” na arcada);
- Ausência congênita dos incisivos laterais;
- Patologias da linha média, como cistos e fibromas (tumores benignos);
- Corpo estranho e inflamação periodontal;
- Hábitos nocivos para a saúde bucal: chupar o dedo, morder o lábio e fazer pressão com a língua nos dentes incisivos;
- Ocorrência de macroglossia (língua maior que o normal), geralmente ocasionada por uma síndrome.
Fechamento de diastema pode ser feito com aparelho ortodôntico ou outros tratamentos
É importante destacar que nem sempre é necessário realizar o fechamento do diastema. O indicado é fazer uma análise com um dentista de confiança e, a partir daí, tomar a decisão. Muitas vezes, o paciente prefere fechar o diastema por motivos estéticos, sem haver algum problema bucal diretamente relacionado.
Caso o seu freio labial seja alongado, primeiro será necessário fazer uma frenectomia (procedimento cirúrgico para a remoção do freio). Em seguida, geralmente realiza-se um tratamento ortodôntico para movimentar os dentes e fechar o diastema. Também é possível fechar o espaço com próteses fixas ou facetas de porcelana. Consulte o seu dentista para descobrir a melhor opção.