Após o nascimento dos filhos, os pais focam grande parte de seu tempo cuidando do bem-estar e saúde dos pequenos. Um momento marco na infância é a troca dos dentes, da primeira dentição, também chamados de decíduos, pelos dentes permanentes. Entretanto, quando os primeiros dentes caem e os permanentes não nascem, é importante ficar atento. A dentista Fernanda Cole explica sobre o tempo necessário para essa transição e o que fazer quando ela se torna tardia.
As diferenças entre os dentes de leite e os permanentes
Os dentes de leite são denominados como a primeira dentição. Geralmente, eles crescem na fase dos seis meses, podendo ir até os dois anos, variando de acordo com cada criança. Ao completar as 20 unidades, a arcada infantil fica concluída. Algumas das características dos dentes de leite são menor espessura de esmalte e maior cavidade pulpar. “Os dentes de leite são mais brancos e menores que os dentes permanentes”, completa Fernanda. Já os permanentes tomam o lugar dos dentes de leite como substituição durante a fase de formação nos maxilares. O período de troca abrange dos cincos aos doze anos.
Pode acontecer do dente de leite cair e o permanente não nascer?
A troca do dente de leite pelo permanente é um processo natural e fisiológico, o permanente erupciona no lugar do outro. É comum que o dente caia no meio de ações do dia a dia, como durante a escovação ou no momento da refeição. Se estiver na posição correta e com espaço adequado na arcada dentária, o dente permanente cresce sem problemas. No entanto, nos casos em que a espera passa de três meses, a criança deve ser levada à consulta no dentista para avaliar o caso, como indica a profissional. Assim, o odontopediatra poderá analisar o melhor tratamento. É importante que os pais prestem atenção em demais sintomas, como dor de dente, alteração na gengiva e mau hálito
Pode ser um sinal de doença ou problema da saúde bucal?
A dentista comenta que o crescimento do dente permanente, no lugar do de leite que caiu, pode demorar até um ano para nascer. O comum é que o período de troca dure um mês. Nesses casos tardios, se o dente não tiver nascido após um ano pode ser necessária a colocação de uma contenção para abrir espaço, permitindo que o permanente cresça. Vale ressaltar que o implante dentário não é uma opção de tratamento para crianças nessa fase, pois pode prejudicar o desenvolvimento dos dentes permanentes. A profissional destaca que, normalmente, o dente nasce sozinho. Em casos contrário, deve se procurar um cirurgião-dentista. Ele observará a dentição, fará um raio x panorâmico, em crianças acima de seis anos, e analisar se o dente que não nasceu está escondido em outros locais na boca.