Após sofrer um forte impacto no rosto, sua mandíbula quebrou. Além de sentir muita dor e incômodo na região, você está bem preocupado com o que pode acontecer com a sua saúde bucal. Afinal de contas, trata-se de um osso próximo à sua boca. Mas qual é a verdadeira gravidade do problema? Existem muitas dúvidas que podem ser esclarecidas por um profissional da área. Pensando nisso, convidamos a cirurgiã-dentista Rhianna Barreto para explicar o que deve ser feito quando alguém quebra a mandíbula.
Quebrar a mandíbula é muito grave?
Muita gente quebra a mandíbula e não faz ideia da gravidade desse problema. De acordo com a especialista em dor orofacial, as fraturas mandibulares podem levar a deformidades faciais (por deslocamentos ou perdas ósseas) com alterações na mordida ou problemas na articulação temporomandibular. “Quando não são identificadas ou tratadas adequadamente, essas lesões podem levar a sequelas graves, tanto estéticas como funcionais”, explica.
Isso significa que o paciente deve se preocupar com o caso e procurar ajuda o quanto antes. Somente o diagnóstico da fratura pode definir a natureza, localização, número de fraturas, direção, possíveis complicações e interferências funcionais do problema. Assim fica mais fácil o dentista indicar um bom tratamento para neutralizar as dores e estabilizar o caso.
O problema afeta diretamente a saúde bucal?
A origem das fraturas mandibulares é bem variada, podendo ser causada por traumatismos diretos ou indiretos, através de acidentes automobilísticos, de trabalho, quedas ou agressões físicas e até extração do siso. Os sinais e sintomas mais comuns dessas lesões incluem dor, dificuldade de abrir a boca, edema, hematoma, salivação excessiva, entre outros. “Todos esses fatores podem causar sérias dificuldades na mastigação dos alimentos e na higiene bucal, acarretando na formação de tártaro, doença periodontal, perda de dentes e cáries”, esclarece.
Como o paciente consegue perceber que quebrou a mandíbula?
Não é difícil notar que a mandíbula está quebrada. Ela é um osso único e móvel da face e, devido a sua grande mobilidade, é acometido em cerca de 36% dos danos faciais. “Devido a essa mobilidade, uma fratura mandibular dificilmente passará despercebida, pois os movimentos mastigatórios, fonatórios (de fala) e até mesmo os respiratórios causam dor, havendo, muitas vezes, uma assimetria facial”, afirma.
O que fazer assim que notar o problema?
Procurar um profissional especializado no assunto, o Cirurgião Bucomaxilofacial. Diante do diagnóstico adequado e especializado, alguns tratamentos podem ser instituídos, seguindo como objetivo a restauração da estrutura e da função. “Dentre os tratamentos propostos para a redução das fraturas de mandíbula, temos o conservador e o cirúrgico, além de diversos materiais, que incluem os fios de aço, placas e parafusos de titânio, placas absorvíveis, dentre outros”, finaliza. Agora que você já sabe o que deve ser feito, não perca tempo e marque uma consulta com esse especialista.