Os papais e as mamães de plantão sabem como deve ser o cuidado para que os pequenos não peguem doenças contagiosas. São cuidados para todos os lados e a odontologia não poderia ficar de lado. Como nos adultos, bebês e crianças também pode ter pequenas inflamações bucais. A principal diferença é que para os mais velhos esses problemas são caracterizados pela afta ou úlceras bucais. Já durante a infância, acontece a gengivoestomatite herpética, uma doença perigosa e bastante contagiosa.
O vírus HSV-1, comumente chamado de vírus da herpes é a causa desse quadro. Uma vez infectado, o paciente permanece com o vírus no organismo, em estado latente, ou seja, “desligado”, podendo ser reativado por certas condições. A odontopediatra Vânia Côrtes esclarece o caso.
Quais são os sintomas da doença?
Segunda a profissional, a gengivite estomatite herpética é uma doença contagiosa que aparece, normalmente, quando a criança tem o contato com o vírus da herpes. Os sintomas costumam aparecer sete dias após o contato com fluídos contagiosos. “Febre, várias lesões de afta que fazem com que a criança tenha dificuldade na alimentação e higienização oral, gengivas inchadas e sangrantes, às vezes odor fétido na boca”, aponta Vânia com os principais sintomas. As aftas ou úlceras são inflamações na mucosa da boca, podendo atingir a bochecha, gengivas, céu da boca e a língua.
Tratamento e problemas futuros
Para tratar as crianças, Vânia dá uma série de recomendações. “Controle da dor e febre com analgésicos e antitérmicos, uso de spray anestésico, alimentação sem temperos fortes, evitar sal e alimentos ácidos, hidratar bem a criança e dar preferência para alimentos frios”, sugere. Apesar disso, não existe um tratamento bem definido para curar a doença, por ela ser crônica. As recomendações dos profissionais são sempre voltadas buscando a diminuição do problema, como as crises da herpes, e atenuação das dores, evitando casos ainda piores. O maior risco desse problema bucal é a reincidência dele em fase adulta, principalmente em situações de estresse e baixa imunidade.
Cuidados indicados para os pequenos
Aparentemente inofensivas no início, essas pequenas erupções precisam ser tratadas de imediato. Quando não cuidadas, as úlceras podem se alargar e formar feridas ainda maiores, se uma se conectar a outra. É preciso atenção para o pequeno não entrar em contato com fluídos que estejam contagiados pelo vírus. Ainda mais importante, fuja da automedicação e procure um especialista assim que os primeiros sintomas aparecerem. Não deixe de ficar atento com os sinais que o pequeno apresenta. Apenas o profissional pode diagnosticar a doença e passar as medicações apropriadas.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Vânia Côrtes – Especialista em Odontopediatria
Curitiba – PR
CRO PR 14.282