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Fungos na cavidade bucal: entenda o que pode estar acontecendo

Fungos na cavidade bucal: entenda o que pode estar acontecendo

A candidíase é uma das doenças mais comuns entre as mulheres. Caracterizada pela presença de um fungo, pode ser contraída pela baixa imunidade do organismo. Além dos problemas comuns e velhos conhecidos, como cárie e gengivite, a cavidade bucal também pode sofrer com complicações relacionadas a fungos. Manchas brancas ou amarelas podem alertar para o quadro. Além disso, gripe, doenças crônicas, HIV ou estresse são outras possíveis causas para os fungos. O estomatologista Daniel Cohen fala mais sobre o assunto e os tratamentos indicados neste momento.

As principais doenças fúngicas

Na maioria dos casos, os fungos na cavidade bucal se proliferam a partir da presença de alguma outra doença. “A Candida albicans ou outras espécies de Cândida podem se aproveitar de alguma doença de base que leve a uma baixa de imunidade, quadros de hipossalivação (diminuição do fluxo salivar, deixando a boca desprotegida), além do uso prolongado de antibióticos e corticoides e imunossupressores”, explica.

Existem dois tipos principais de infecções fúngicas: as superficiais, como a candidíase, e as profundas, como a blastomicose sul americana. Os casos superficiais são as infecções mais comuns. “Sistema imune em formação, como nos bebês, baixa de imunidade e uso prolongado de medicamentos, como spray de corticoide para tratamento de asma” indica Daniel como os fatores que podem provocar esse tipo de infecção.

Em relação às profundas, a mais comum se chama paracoccidioidomicose ou blastomicose sul americana. O nome complicado indica uma doença típica de regiões tropicais, afetando principalmente pacientes que lidam com o solo contaminado pelo fungo, como trabalhadores rurais. Aumento dos gânglios linfático, lesões na pele e febre são alguns dos sintomas principais dessa doença.

Não deixe o fungo evoluir!

Segundo Daniel, a candidíase não tratada pode abrir portas para infecções fúngicas generalizadas, como a pneumonia, meningite, infecção urinária, infecção no esôfago, peritônio e nas válvulas do coração. Em relação às infecções profundas, a blastomicose sul americana pode evoluir para uma neuroparacoccidioidomicose que compromete o sistema nervoso central. “Caso a infecção oral não seja tratada, pode evoluir para infecção pulmonar que pode progredir para insuficiência respiratória crônica”, alerta.

Tratamentos indicados para as doenças fúngicas

Daniel recomenda aos pacientes que sofrem dessas lesões consultas ao especialista em estomatologia. Normalmente, o tratamento é voltado para o uso de antifúngicos. Mas existem também doenças, como a leucoplasia, em que somente o tratamento com os antifúngicos não é suficiente. Por isso que o estomatologista alerta para as visitas aos profissionais. “A abordagem interdisciplinar também é fundamental, visto que infectologistas e dermatologistas também são fundamentais no manejo destes pacientes”, finaliza.

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Daniel Cohen Goldemberg – PhD. Estomatologia e Patologia Bucal
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ: 29267

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