Estomatite é um quadro muito comuns em bebês que pode designar inflamações da cavidade bucal de diferentes causas. Por mais cuidado que os pais tenham, é normal que problemas na saúde dos pequenos surjam e, muitas das vezes, os pegam desprevenidos. Tratando-se da saúde bucal dos bebês é necessário redobrar os cuidados relacionados à higiene bucal, já que a falta dele pode abrir portas para diversas doenças bucais. A estomatite, por exemplo, é um termo que possui amplo significado no que diz respeito a qualquer inflamação presente na cavidade bucal. Para entender as causas e tratamento da estomatite em bebês, conversamos com a dentista Thais Teixeira que separou as principais recomendações sobre o assunto.

O que é estomatite e o que ela pode provocar na saúde do bebê?

A estomatite determina doenças ou inflamações que apresentam diversas causas, sintomas e tratamentos. É comum que bebês apresentem um quadro agudo de inflamações como a gengivoestomatite herpética aguda ou a candidíase pseudomembranosa, conhecida popularmente como sapinho.

Nos primeiros meses de vida e no início da infância, essas crianças apresentam o seu sistema imunológico pouco desenvolvido ou imaturo, e isso pode facilitar a manifestação das lesões de estomatite aftosa. Somado ao fato de apresentarem contato com diversas pessoas, a doença passa a ter mais chances de se disseminar. Thais adverte que outros fatores podem influenciar na contaminação dos bebês: “Se em um curto período de tempo a criança utilizar antibióticos, os medicamentos podem acabar eliminando as bactérias saudáveis da microbiota oral dos bebês e aumentando a possibilidade de desenvolverem candidíase”, comenta.

Tratamento da estomatite em bebês

Os tratamentos indicados podem variar em função de cada tipo de doença. As mais comuns são a Candidíase pseudomembranosa, Sapinho, e a Gengivoestomatite Herpética aguda, GEHA. A primeira patologia é causada por um fungo e o tratamento pode ser feito com aplicação de um antifúngico em forma de líquido, creme ou gel na região infectada da boca.

Já a segunda doença é causada pelo vírus do herpes e é mais frequente entre as crianças de zero a seis anos de idade. A dentista adverte: “Esse vírus fica em estado de latência e pode surgir novamente em qualquer fase da vida na forma de herpes recorrente, porém, o quadro sintomatológico será mais brando. Caso alguma dessas doenças se manifeste, o recomendado é consultar um profissional especializado na área”, finaliza.

Junto a isso, a dentista alerta para que não se esqueça de manter os cuidado com a higiene bucal da criança, independente da presença ou não de alguma patologia. Se houver dúvidas, procure o profissional de saúde bucal para as devidas orientações sobre as técnicas de escovação em crianças, as ferramentas necessárias e os demais cuidados no dia a dia.
 

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Thais Teixeira – Patologia Bucal e Estomatologia
Brasília – DF
CRO-DF 12.005

Atualizada em 27/12/2018