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Enxerto ósseo dentário: um guia completo sobre o procedimento odontológico

Enxerto ósseo dentário: um guia completo sobre o procedimento odontológico

Você já ouviu falar em enxerto ósseo dentário? Responsável por ampliar a altura e a espessura do osso, o procedimento é indispensável para quem deseja realizar um implante no dente. Mas, assim como qualquer outra técnica odontológica, o enxerto ósseo dentário também possui contraindicações e requer cuidados após a sua realização. Pensando nisso, o Sorrisologia conversou com diferentes especialistas e reuniu em um só lugar tudo o que você precisa saber sobre o enxerto ósseo dentário. Confira!

Enxerto ósseo dentário: o que é?

Antes de descobrir o que é um enxerto ósseo dentário, é importante entender como funciona um implante no dente. Indicado para quem perdeu um ou mais dentes, o procedimento é capaz de devolver as funções básicas dos elementos dentários. Na prática, o implante dentário é composto de duas partes: a inserção de um pino de titânio, que desempenha o papel da raiz do dente, e a prótese em si, que substitui o dente perdido.

Mas, o que poucos sabem é que, esse procedimento exige que o paciente tenha uma massa óssea adequada. Quando não há essa condição, o enxerto ósseo dentário entra em ação. “O procedimento é utilizado para recompor áreas de perda do osso no alojamento das raízes dos dentes e na face”, explica a dentista Uila Ramos.

Os diferentes tipos de enxerto ósseo dentário

Se engana quem pensa que existe apenas um tipo de enxerto ósseo dentário. Na verdade, o procedimento pode ser realizado de três formas diferentes. Veja abaixo:

– Autógeno: diferente dos outros modelos, esse tipo de enxerto ósseo dentário pode ser removido pelo próprio paciente. Feito em uma cirurgia simples com anestesia local, o procedimento é feito no consultório odontológico. No entanto, em alguns casos maiores, esse enxerto ósseo dentário pode exigir um ambiente hospitalar e anestesia geral. “O tipo autógeno é considerado como o ‘padrão ouro’ da enxertia óssea. Ele é gratuito, não apresenta chances de rejeição e tem forte potencial de formação de um novo osso pelo material ser genético”, afirma o implantologista Sérgio Siqueira. Além disso, é importante ressaltar que, neste caso, o enxerto é extraído da bacia, da tíbia ou da calota craniana.

– Alógeno: é o tipo de enxerto ósseo dentário doado por outra pessoa. “São realizados diversos testes para saber se o doador apresentava alguma doença contagiosa que não sabia, como sífilis, aids, entre outras”, conta o especialista Sérgio. Neste procedimento, grande parte da proteína óssea morfogenética, que induz a formação do osso, é destruída e o enxerto perde um pouco do seu potencial de desenvolvimento. Sendo assim, ele funciona como uma estrutura para direcionar a formação óssea.

– Xenógeno: esse tipo de enxerto ósseo dentário provém de materiais biocompatíveis. Os ossos de animais bovinos e materiais sintéticos, como cerâmico, polímero, são os modelos mais populares entre os especialistas. Na prática, esse tipo de enxerto ósseo dentário promove o crescimento do osso alveolar.

Enxerto ósseo pode ser utilizado para diferentes tipos de casos

Ainda que a função do enxerto ósseo dentário seja sempre a de repor o volume perdido na estrutura do dente, ele pode ser usado em diferentes casos. Isso porque a perda de massa pode ser resultado de uma série de problemas. Veja, a seguir, para quais situações o enxerto ósseo dentário é recomendado.

– Perda do dente: pacientes que perdem um ou mais dentes por traumas ou problemas bucais e demoram para substituí-los, podem sofrer com a perda de volume ósseo. Isso porque o corpo entende que, como não há dente no local, não é necessário manter a estrutura de suporte, o que resulta na reabsorção óssea.

– Doenças periodontais: a falta de higiene bucal pode contribuir para gengivite que, quando não tratada provoca a periodontite, infecção que atinge os tecidos de sustentação do dente. Ambas as doenças bucais podem contribuir para a perda de massa óssea.

– Osteoporose: nesse caso, a perda de massa óssea ocorre em todo o organismo e pode afetar também a saúde bucal.

Como é feito o enxerto ósseo dentário?

Uma das principais dúvidas entre os pacientes é sobre como o enxerto ósseo dentário é feito. De acordo com a ortodontista Rita Ventura, o procedimento é simples e pode ser realizado em apenas quatro passos.

Passo 1) Antes de realizar o enxerto ósseo dentário, é preciso realizar a aplicação da anestesia. Em casos pequenos, a anestesia local é o suficiente. No entanto, em pacientes com danos maiores, é necessário o uso da anestesia geral, com uma equipe e ambiente adequado para o procedimento.

Passo 2) Depois disso, é feita uma pequena abertura na gengiva para expor a área receptora. Nessa etapa, os ajustes são feitos no local para que seja possível colocar o enxerto ósseo dentário escolhido pelo paciente.

Passo 3) Depois de inserir o enxerto ósseo, o procedimento é finalizado e o paciente pode iniciar o pós-operatório em casa.

Passo 4) Durante o pós-operatório, é importante que o paciente mantenha repouso por cinco dias e inclua alimentos macios e frios em sua dieta.

Passo 5) Após seis meses da realização do enxerto ósseo dentário, o paciente deve fazer o implante dentário. Nesse caso, vale ressaltar que o procedimento só pode ser feito depois de uma revisão do cirurgião-dentista.

Enxerto ósseo dentário: complicações podem surgir durante ou após o procedimento

Embora o procedimento seja considerado seguro pelos profissionais, é importante ter em mente que complicações podem ocorrer com o enxerto ósseo dentário. A parestesia, por exemplo, é um dos quadros que podem surgir durante a realização da técnica. “Nesse caso, o paciente pode apresentar uma perda temporária ou permanente da sensibilidade nervosa causada pelo dano ao tecido nervoso do elemento”, explica a dentista Uila.

Por outro lado, alguns quadros podem ocorrer após a realização do enxerto ósseo dentário. A transmissão de doenças, infecções e reações imunológicas são algumas das possíveis complicações após o uso de enxertos homogêneos. Além disso, reabsorção do enxerto, hemorragia, dor intensa e infecções são outros problemas que podem aparecer após a cirurgia do enxerto ósseo dentário.

O enxerto ósseo dentário exige um pós-operatório regrado

Assim como qualquer cirurgia odontológica, o enxerto ósseo dentário também requer alguns cuidados após a sua realização. Segundo a Dra. Uila, um pós-operatório regrado é sinônimo de menos riscos de complicações no procedimento. Confira algumas medidas que devem ser tomadas neste período:

– Ter um repouso absoluto e evitar movimentos bruscos, como exercícios e atividades físicas, nos primeiros dias de pós-operatório;

– Evitar exposição solar excessiva;

– Não fumar ou consumir qualquer tipo de bebida alcoólica;

– Manter a cabeça em posição mais elevada que o corpo, principalmente na hora de dormir;

– Investir em uma alimentação mais pastosa, líquida e gelada durante 24 horas.

– Não promover pressão interna na boca nas primeiras 72 horas após o enxerto de dente. Tente não cuspir, bochechar ou ingerir líquido por meio de canudos.

– Fazer compressa de gelo no local por 4 horas para amenizar edemas e hematomas da cirurgia;

– Redobrar os cuidados com a higiene bucal. Nesse caso, não deixe de escovar os dentes próximo a área operada bem lentamente e com cuidado;

– Usar corretamente a medicação prescrita pelo dentista;

– Não fazer bochecho com nenhum tipo de produto, como água oxigenada, nos primeiros dias.

 

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