Você sabe o que é osseointegração? Ela possui muitos significados em várias partes do corpo humano. Mas quando falamos de saúde bucal, esse processo logo é relacionado com a técnica de implantes dentários. De acordo com a especialista Camila Sodré, a osseointegração é essencial para garantir resultados de sucesso ao tratamento de implante. “Ela é a união estável e funcional do elemento (cuja superfície é de titânio) com o osso no qual foi posicionado”, afirma a dentista. Entenda a importância disso para a sua saúde bucal.
Osseointegração é um fator histórico na odontologia
Foi em 1965 que o professor da Universidade de Gotemburgo na Suécia, Per-Ingvar Branemark, iniciou os estudos que resultaram a descoberta da Osseointegração. Na época, o mestre estava interessado por pesquisas e protocolos de procedimentos cirúrgicos que resolvessem deficiências físico-funcionais em seres humanos. Segundo o Instituto Branemark, de Bauru, a técnica tem sido aperfeiçoada nos últimos 40 anos pelos cientistas, que criaram o mais avançado sistema de prótese fixa da história reabilitadora da odontologia mundial.
A evolução dos implantes e os benefícios da osseointegração
Com a evolução dos implantes dentários, seu uso tem sido cada vez mais indicado como um dos principais tratamentos reabilitadores na odontologia, melhorando o desempenho estético e funcional dos pacientes. “Para que o tratamento com implantes tenha sucesso é necessário que ocorra a osseointegração”, explica a dentista.
Como acontece a osseointegração?
Inicialmente, com a instalação do implante, ocorre a formação de um coágulo e um tecido de granulação. “Após uma a duas semanas começa o processo de reabsorção do osso que está em íntimo contato com o implante e, depois, o mesmo é substituído por um novo osso”, esclarece como acontece o processo. Apesar desse fator inicial, a cicatrização do osso e implante ocorre somente após quatro meses na mandíbula, enquanto que na maxila esse tempo é de seis meses.
Como ter a garantia desse processo?
Para garantir esse resultado, alguns exames pré-operatórios precisam ser feitos, como hemograma, coagulograma e glicemia. Além de uma anamnese bem detalhada, verificando as condições de saúde do paciente e se o mesmo apresenta alterações ou fatores de risco. E também exames radiográficos para analisar osso da área receptora. “Além desses requisitos, é possível que o procedimento seja otimizado por meio de um correto planejamento, para que erros durante a instalação do implante, como contaminação do campo cirúrgico ou mal posicionamento do implante sejam evitados”, conclui.