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Efeitos das doenças autoimunes na saúde bucal. Confira!

Efeitos das doenças autoimunes na saúde bucal. Confira!

As doenças autoimunes são problemas causados pela reação do sistema imunológico em relação aos tecidos e órgãos do próprio corpo da pessoa, e embora existam tratamentos para controlar os seus sintomas, não existe uma cura. Essas doenças também são responsáveis por afetar a cavidade bucal e, dessa forma, causar efeitos negativos na região. Pensando nisso, o Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Ana Carolina Guimarães e ela explicou um pouco mais sobre esse problema. Confira!

Saiba quais doenças autoimunes podem influenciar a saúde bucal e entenda como isso acontece

Alguns exemplos de doenças que podem influenciar na saúde bucal são, principalmente, a doença de Crohn, o lúpus eritematoso sistêmico ou cutâneo, a síndrome de Sjögren, e a Psoríase. No entanto, pessoas com doenças imunológicas também estão em risco de adquirir problemas de saúde bucal. “Os sintomas mais comuns são a boca seca (xerostomia), síndrome de queimação bucal, lábios, língua rígida, crescimento excessivo da gengiva e maior risco de cárie e doença periodontal”, explica a profissional, que ressalta: “Muitas dessas doenças possuem os mesmos sintomas, como fadiga, tonturas, e febre baixa, por exemplo”.

Além disso, a hereditariedade e os hormônios também desempenham um relevante papel na incidência e nos sintomas das doenças. “As alterações hormonais podem fazer com que os sintomas sejam modificados, às vezes para melhor e às vezes para pior e há algumas manifestações bucais dessas doenças autoimunes”, explica.

Doença de Crohn, psoríase e o lúpus eritematoso sistêmico afetam a boca

Entre as doenças que afetam a boca, a Doença de Crohn é uma doença inflamatória que envolve todo o trato gastrointestinal. Como sintomas principais, os pacientes apresentam alterações bucais como inchaço da gengiva, úlceras na boca e inchaço dos lábios, que, consequentemente, causam uma maior dificuldade na hora de comer. Já a psoríase, caracterizada por uma doença autoimune da pele, tem como características placas brancas descamativas no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. E, embora essa doença não seja comum na boca, Ana Carolina esclarece que as lesões bucais podem ocorrer também nos lábios, língua, palato e gengiva. Além disso, o lúpus eritematoso sistêmico também pode afetar a boca criando pequenas úlceras, porém, a profissional explica: “Pode ser que as lesões sejam assintomáticas. Isto é, que não causem dor ao paciente”.

A saliva pode ser afetada pela síndrome de Sjögren

Segunda doença autoimune mais comum no mundo, a síndrome de Sjögren está associada, principalmente, com a artrite reumatoide. Ana Carolina explica: “Essa doença ataca as glândulas, provocando secura nos olhos, na boca, saliva espumosa e espessa (em alguns casos até a ausência de saliva), halitose, cárie, dificuldade na deglutição, alteração no paladar, dificuldade no uso de prótese dentária e sensibilidade na mucosa”.

A profissional comenta também que, para diagnóstico desta doença, o cirurgião dentista pode pedir o exame de Sialometria, que determina o fluxo salivar. Além disso, pacientes portadores desta síndrome muitas vezes contraem infecção fúngica na boca chamada candidíase. Para minimizar os efeitos dessa doença na realização do tratamento, Ana Carolina indica: “Consultas frequentes ao dentista unidas a uma boa higiene bucal e dental são necessárias e positivas ao tratamento”.

A doença de Hashimoto e a Esclerodermia afetam o ato de engolir

A Doença de Hashimoto, caracterizada por uma inflamação da tireoide, pode causar
inchaço facial, fraqueza, fadiga e sensibilidade a baixas temperaturas. Segundo a profissional, a garganta pode inchar tanto que dificulta até mesmo o ato de engolir. A esclerodermia, por sua vez, provoca o crescimento anormal do tecido conjuntivo nos vasos sanguíneos. Este problema pode fazer com que a pele fique espessa ou tornar a pele facial extremamente repuxada, tornando-se difícil aos pacientes portadores dessa doença a deglutição.

Dessa forma, a profissional esclarece: “Ambas as doenças mencionadas provocam a deficiência do ato de deglutição. Assim, ao sinal de algum destes sintomas descritos, procure ajuda médica especializada no diagnóstico e tratamento desses tipos de doenças”. A visita regular ao dentista é imprescindível e pode auxiliar no diagnóstico precoce de doenças como essas apresentadas.

Fibrose cística ou doença do beijo salgado

Esta, caracteriza-se pelo transtorno hereditário crônico raro com risco de vida que danifica os pulmões e o sistema digestivo. “Está doença afeta as células que produzem muco, suor e sucos digestivos. Isso faz com que esses fluidos se tornem espessos e pegajosos, dessa forma, aderindo a tubos, dutos e passagens”, explica a profissional ao ressaltar: “As alterações nas funções das glândulas salivares podem levar a impactos bucais, além da influência da saúde bucal sobre a condição de saúde geral, a boca pode representar um reservatório microbiano para as infecções crônicas pulmonares”.

Outras doenças que podem afetar a saúde bucal

Além das doenças citadas, Ana Carolina explica: “O diabetes tipo 1 ou Juvenil, caracterizado pela insuficiência na produção de insulina, causa boca seca contribuindo para a aparição das cáries, doenças periodontais e halitose”. Outra doença possível de afetar sua saúde bucal é a Doença de Addison. “Esse problema resulta na insuficiência e/ou na perda da produção salivar, pois atinge a boca destruindo as glândulas adrenais e suprarrenais, causando pigmentação difusa da mucosa”. Entre os sistemas desse quadro, estão a fraqueza extrema, cefaléia e a desidratação. Além disso, a esclerose múltipla (ELA) – doença rara em que o sistema imunológico destrói a cobertura protetora de nervos, impossibilitando o portador da doença de se mover – também causa distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Assim, é importante compreender as implicações da deficiência e, em seguida, discuti-la com o dentista com o objetivo de identificar o que precisa ser feito.

A profissional indica: “Deve-se avaliar o tratamento para saber se se trata de uma consulta para exame clínico, profilaxia, restaurações ou extração e se o procedimento pode ser feito no consultório ou terá que ser feito em hospital”. Os procedimentos devem ser discutidos com o paciente, bem como com a pessoa que cuida dele, para instruí-los sobre as formas corretas de, em casa, limpar e remover a placa bacteriana e resíduos alimentares. Outra doença que pode afetar a saúde bucal é a

Este artigo tem a contribuição do especialista:
Ana Carolina Guimarães Teixeira – Cirurgiã-dentista da Clínica Odonto Clean com graduação em odontologia pela Universidade Unigranrio.
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ 46474

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