Antes de qualquer procedimento odontológico, a pergunta mais comum do paciente para o seu dentista é: vai doer? A preocupação de sentir dor é grande e costuma ser o maior medo entre as pessoas. Mas graças à anestesia, esse receio vem se tornando cada vez menor. Por outro lado, mesmo camuflando todo o incômodo, tem gente que questiona se esse medicamento pode causar algum tipo de efeito colateral. Para esclarecer o assunto, conversamos com a odontologista Amanda Pone.
Conheça os tipos de anestesias mais usados na odontologia
A dentista conta que existe uma variedade de anestésicos que podem ser usados em procedimentos odontológicos porém, o tipo mais comum no dia a dia clínico é a lidocaína a 2% – considerada padrão ouro entre os profissionais do ramo. “Isso porque essa anestesia pode ser usada em todos os tipos de pacientes, inclusive nas gestantes, e possui média duração” – que costuma ser o tempo suficiente para um tratamento rotineiro.
Há também os anestésicos que proporcionam uma duração maior, mas que não são indicados para gestantes, já que podem causar alguns riscos tanto para a mãe quanto para o feto. A profissional ainda cita outros medicamentos: “Como a prilocaína – que também deve ser evitado em grávidas e pacientes que apresentam hipotireoidismo e diabetes; a mepivacaína – é uma opção para os procedimentos de duração intermediária; e a bupivacaína – que tem uma potência que é quatro vezes mais forte que a da lidocaína”, explicou.
Procedimentos que são necessários o uso da anestesia
A anestesia é indicada para os casos em que o paciente costuma sentir dor durante o tratamento odontológico. Entre eles, podemos citar: “tratamento endodôntico, cáries profundas – onde há comprometimento da dentina -, raspagem periodontal subgengival, extração de dente, instalação de implantes dentários e por aí vai”, listou a dentista. Mas nada impede que a anestesia seja utilizada em procedimentos menos invasivos se o paciente assim preferir.
Descubra os efeitos colaterais da anestesia
Amanda garante que embora seja muito raro um paciente desenvolver qualquer tipo de alergia à anestesia, o efeito colateral mais comum ao medicamento é alergia ao metilparabeno – um conservante presente em tubetes anestésicos de plástico. Outras possibilidades são anafilaxia – que é o inchaço no rosto – e regiões dormentes, como lábios e língua.
Para evitar qualquer problema, é importante realizar uma anamnese sincera e criteriosa antes do procedimento. “É muito importante para nós, cirurgiões-dentistas, avaliarmos se o paciente já teve algum indício de provável reação alérgica ao anestésico a ser usado”, atentou.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Amanda Pone – Cirurgiã-dentista, especialista em prótese e endodontia
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ 43.040