Tudo começa com o acúmulo de placa bacteriana nos dentes por conta de uma má higiene bucal. Quando esses microorganismos ultrapassam a gengiva, atingindo a parte óssea do dente, causando retração, inicia-se a chamada periodontite. Sabemos que essa doença acaba afetando outras complicações do organismo, como o diabetes. Além disso, muitos estudos relatam que ela também pode estar relacionada com o mal de alzheimer – será verdade? O Sorrisologia entrevistou a dentista Renata Paraguassu, que esclareceu o assunto.
Entenda como doença periodontal pode estar relacionada com o mal de alzheimer
De acordo com a odontologista, um estudo examinou amostras de tecido cerebral de 20 pessoas para verificar a existência de bactérias nas substâncias coletadas. “A presença desses microorganismos poderia desencadear uma resposta do sistema imunológico, matando as células cerebrais. Esse processo poderia ser um mecanismo que leva a alterações no cérebro, o que é típico no mal de Alzheimer”.
Embora seja uma possibilidade, o número de amostras estudadas é relativamente pequena, o que acaba exigindo uma pesquisa mais abrangente para confirmar ou excluir a casualidade.
Vamos relembrar o que é a doença periodontal: a periodontite é uma condição de origem infecto-inflamatória, causado pelo acúmulo da placa bacteriana que atinge a gengiva e suas estruturas. “Tudo isso pode acabar por danificar as células e estruturas dos tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes”, alertou.
Aprenda como prevenir e tratar a periodontite
Para se prevenir da doença periodontal é importante uma boa rotina de higiene, cuidar regularmente da saúde geral e visitar o seu dentista a cada seis meses para acompanhamento e orientações. “O melhor tratamento, sem dúvida, é a prevenção, mas caso a doença já esteja instalada é necessário ser avaliado por um periodontista, assim você consegue ter uma posição quanto à extensão do quadro”, disse Renata.
A remoção de cálculo dentário supra e subgengival, alisamento radicular e terapia medicamentosa com antibióticos são alguns tratamos que ajudam no controle da doença.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Renata Paraguassu – Especialista em Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares e Implantodontia
Niterói – RJ
CRO-RJ: 24711