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Diastema: problema tem idade máxima para ser tratado?

Diastema: problema tem idade máxima para ser tratado?

Será que existe uma idade máxima para tratar o diastema? Esse tipo de problema, caracterizado por um espaçamento entre dois dentes, costuma afetar a estética do sorriso e pode ocasionar alguns problemas bucais, como prejudicar a mordida e ocasionar má oclusão. 

Mas, será que existe um momento certo para tratar o diastema e alinhar os dentes? O Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Uila Ramos, que falou mais sobre o que é diastema e como deve ser feito o seu tratamento de forma mais adequada. Confira!

O que é diastema? 

Ficar com os dentes separados na infância (característica do diastema), de acordo com a cirurgiã-dentista, é um tipo de problema relativamente comum. Em alguns casos, essa questão é resolvida com o nascimento dos dentes permanentes, que propiciam um melhor alinhamento da arcada dentária. A especialista explica melhor como isso ocorre:

“Diastema é o espaço que existe entre dois ou mais dentes adjacentes, podendo se situar entre os incisivos superiores (mais comum) ou entre outros grupos de dentes. É de caráter fisiológico durante a dentição mista, enquanto ocorre a troca dos dentes decíduos pelos permanentes, aparecendo na região da linha média superior com o diastema interincisivo. Essa situação pode se resolver espontaneamente com a vinda dos caninos superiores, que ocupam espaço e deslocam os incisivos, fechando o espaço existente”, esclarece a profissional.

Afinal, o diastema é sempre considerado um problema bucal?

Em alguns casos, o diastema pode ser inofensivo para a saúde bucal e não demandar um tratamento. No entanto, de acordo com a especialista, tanto na infância quanto na fase adulta, esse tipo de problema tende a afetar a saúde bucal em termos funcionais e estéticos.

“Durante a fase de dentição mista, pode ser um problema para a criança – se, por meio do hábito parafuncional de sucção digital, de chupeta ou outro tipo de parafunção, provocar o exacerbamento do diastema com uma largura maior do que o aceitável, e isso causar vergonha ao falar e sorrir. O próprio hábito de chupar dedo, por imprimir uma força excessiva sobre os incisivos, expõe a criança ao risco de desenvolver reabsorções radiculares (encurtamento das raízes dos dentes), dada a característica de movimento pendular durante a sucção”, explica a profissional. 

“Já na fase da dentição permanente, causa um prejuízo à estética do sorriso e alterações na articulação da fala. O diastema pode surgir como resultado da discrepância de tamanho dentário: quando os dentes possuem um tamanho menor para o tamanho da arcada dentária. Outras causas são a inserção do freio labial entre os incisivos (tracionamento do freio) e periodontite. Para cada fator etiológico se indica uma abordagem de tratamento”, complementa a profissional. 

Diastema: existe idade máxima para o tratamento?

Embora não exista uma idade máxima para tratar o diastema, a dentista explica que o ideal é lidar com o problema o quanto antes. “Não existe uma idade determinada. Entretanto, quando é solucionado no início da dentição permanente, há maior facilidade de movimentação dentária com o aparelho ortodôntico pela maior plasticidade óssea. Em casos de pacientes adultos e, mais ainda, na terceira idade, há uma velocidade menor de movimentação ortodôntica (se comparada a pacientes jovens) devido à maturidade esquelética. Porém, a idade não é um fator limitante para o fechamento de espaços”, esclarece. 

Vale destacar, ainda, que quando o espaço interdental é muito grande, é possível que os dentes fiquem sobrecarregados e ocorram alguns desequilíbrios. Nesses casos, o tratamento acaba sendo indispensável, mas cabe ao dentista passar todas as informações ao paciente e planejar a melhor linha de tratamento possível. 

“A presença do diastema compromete a estética do sorriso. A percepção do paciente é fundamental para saber qual a sua aceitação com relação ao tratamento proposto. Os dentes precisam manter os contatos interproximais a fim de melhor distribuir as forças da mastigação e preservar a integridade dos dentes (prevenir desgastes), dos tecidos periodontais e do suporte ósseo, além de proporcionar um sorriso esteticamente agradável”, orienta a profissional. 

Como tratar o diastema corretamente?

Existem diferentes formas de tratar o diastema, sabia? Afinal, o problema pode surgir por diferentes fatores e, antes de tudo, é preciso identificar a origem e traçar um plano apropriado e conveniente para o paciente. A especialista explicou três casos em que são aplicados tratamentos distintos para o diastema:

“Quando surge de forma fisiológica durante a dentição mista, não se indica tratamento. Deve-se aguardar a erupção dos caninos que deslocam os incisivos para ocupar o seu espaço na arcada, reduzindo ou fechando completamente o diastema. Por essa razão, é necessário ter o acompanhamento ortodôntico do desenvolvimento da oclusão para detectar eventuais desvios na erupção  e indicar, se for preciso, a intervenção ortodôntica para a correção”, recomenda. 

“Para os casos de discrepância de tamanho dentário, há duas possibilidades: fechamento de espaços com movimentação ortodôntica ou restaurações em resina composta para harmonizar o sorriso. A abordagem de tratamento é apontada após estudo do caso”, explica a especialista. 

“Quando a inserção do freio labial superior é a causa do diastema, indica-se a remoção do freio cirurgicamente (frenectomia). Depois, é necessário aguardar a completa cicatrização e avaliar a possibilidade de fechamento com reanatomização dentária ou tratamento ortodôntico. Os pacientes que apresentam diastemas causados por periodontite avançada devem se submeter à terapia periodontal, e, dependendo da qualidade do suporte ósseo e dentário, será possível identificar a viabilidade de um tratamento ortodôntico corretivo ou estabilização dos dentes”, finaliza a profissional. 

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