Pessoas tristes ou preocupadas costumam andar com o semblante desanimado e um “sorriso amarelo” no rosto. Para esses, essa expressão, ainda que não se refira necessariamente à cor dos dentes, pode acabar se tornando, literalmente, verdade. Isso acontece porque, sem um acompanhamento especial, a depressão e a ansiedade são capazes de comprometer seriamente a saúde bucal do paciente. Agora, para que isso seja evitado, a dentista Rhianna Barreto explica como lidar com o problema.
Obstáculos logo na ida ao consultório
Se, para alguns, uma simples consulta de rotina já é capaz de gerar bastante inquietação, em pacientes ansiosos o quadro não é diferente. Essa tensão, entretanto, pode acabar dificultando os cuidados com a saúde oral e trazendo consequências sérias para o sorriso. “Se a manutenção for inadequada, podem ocorrer problemas mais graves e emergenciais como infecções e dores intensas”, explica a especialista.
E dentro desse pacote, outro fator que se torna um empecilho é o desânimo. Segundo Rhianna, em casos de problemas psicológicos mais graves, é comum que a aparência seja deixada de lado e que os cuidados com a saúde em geral sejam negligenciados. Por conta disso, o ideal é que o dentista conquiste a confiança do paciente e mostre a importância do tratamento odontológico para seu bem-estar.
É preciso adaptar o atendimento
Por se tratar de um cenário delicado, é preciso analisar o andamento, duração e método a ser usado. Isso acontece, por exemplo, na preparação para cirurgias. “Os procedimentos odontológicos, principalmente aqueles que necessitam do uso de anestésicos locais, devem ser realizados de forma mais rápida e menos traumática possível, evitando complicações ou agravamento que a doença psiquiátrica já pode causar normalmente”, esclarece. Tudo isso, de acordo com a dentista, é para que seja proporcionado um tratamento odontológico mais seguro e humanizado.
Para cada caso, possíveis alternativas
Um bom atendimento vai além do trivial e, para que isso dê resultados, a dedicação do dentista é fundamental. Segundo Rhianna, quando necessário, outras medidas menos comuns podem ser tomadas para que o paciente se sinta mais confortável. Algumas delas seriam:
- Entrar em contato com o médico do paciente ou com familiares;
- Considerar o melhor momento para realizar o tratamento odontológico;
- Explicar verbalmente e por escrito todo o tratamento a ser realizado, minuciosamente, e tirar todas as dúvidas do paciente e familiares;
- Dar prioridade para as necessidades que o paciente apontar, isso pode aumentar a autoestima e o bem-estar, favorecendo a adesão ao tratamento.