Depois de longos anos de tratamento ortodôntico, parece que tudo está do jeito que deveria e os dentes estão finalmente alinhados. Para sua surpresa, bastou que se passassem alguns meses após você se livrar dos ferrinhos para notar que algo está diferente: é possível que o entortamento dentário esteja voltando? A dentista Tatiana Rysovas pode explicar por que isso pode acontecer e o que deve ser feito para manter o novo sorriso.
Sim, os dentes podem se mexer
Primeiramente, é importante explicar que, de acordo com a especialista, tirar o aparelho ortodôntico não significa terminar o tratamento em si. Tatiana conta que, na verdade, o processo é dividido em duas partes: na primeira, as movimentações necessárias são realizadas conforme a necessidade de cada caso e, na segunda, é feito o que se chama de contenção.
Por que isso acontece?
“O objetivo da contenção é a manutenção dos resultados obtidos, afinal, os dentes tendem a sair do lugar se alguns cuidados não forem tomados”, conta a dentista. Segundo ela, a tendência natural dos dentes é voltar para a posição original – ou seja, aquela em que eles estavam no início do tratamento – quando a formação óssea ainda não está completa ou a mordida está desajustada.
É possível evitar esse cenário
“Para evitar que os resultados sejam perdidos no pós-tratamento, é muito importante que o paciente siga as orientações dadas pelo seu dentista”, lembra Tatiana. Em geral, o normal é que a instrução do especialista seja o uso de contenção móvel na arcada superior e de contenção fixa na arcada inferior. “Apesar de diferentes, ambas têm a mesma função: manter os dentes no lugar em que devem ficar”.
Não abandone o dentista depois de tirar o aparelho
A fim de que nenhuma surpresa desagradável aconteça, é muito importante que o paciente retorne ao ortodontista para as consultas após a retirada dos ferrinhos. “Nelas são feitas fotos, avaliação clínica e ajuste da contenção superior para que se mantenha sempre bem ativa e “apertada”. Esses encontros são agendados em intervalos mais curtos logo que o aparelho é removido, mas depois vão ficando mais espaçados com o passar do tempo”, finaliza.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Tatiana Teixeira Rysovas – Ortodontista
São Paulo – SP
CRO-SP: 70447