Alguns distúrbios da face podem ser solucionados tranquilamente com tratamentos simples ortodônticos, como aparelhos fixos, móveis e até mesmo os alinhadores. No entanto, alguns outros problemas podem ser um pouco mais complicados de resolver, precisando de intervenções diretas, incluindo, até mesmo, tratamentos cirúrgicos. É aí que entra a cirurgia ortognática: você já ouviu falar sobre ela? Confira o que o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, Emanuel Mendes, tem a dizer. Confira!
Entenda o que é a cirurgia ortognática e para quem ela é indicada
A cirurgia ortognática se trata de um tratamento cirúrgico realizado para correção das alterações de desenvolvimento do esqueleto facial e dentes. Segundo Emanuel, essa intervenção é indicada, principalmente, para pacientes que possuem anormalidades dentoesqueléticas. Isto é, um crescimento exagerado ou inadequado dos ossos da face. Além disso, o profissional esclarece: “Essa é uma cirurgia que pode até mesmo corrigir o ‘dentucismo’ após o completo processo de crescimento ósseo. Dessa forma, poderá reestabelecer a harmonia do sorriso”.
Saiba quais são os riscos de uma cirurgia ortognática e os principais benefícios dessa intervenção
Segundo o profissional, os riscos para uma cirurgia ortognática são os mesmos de qualquer outro procedimento cirúrgico, ou seja, são riscos relativamente comuns. “Entre os possíveis perigos dessa cirurgia, deve-se incluir o sangramento e o edema (inchaço local), que podem ser controlados por ser uma cirurgia eletiva (programada)”, explica o profissional. No entanto, vale frisar que os benefícios desta intervenção são superiores aos riscos. “Entre as vantagens desse procedimento, deve-se mencionar a melhora da qualidade de vida, da autoestima, respiração, mastigação, fonação, e, principalmente, restabelece o equilíbrio e a harmonia facial”, esclarece.
Entenda a diferença entre a cirurgia ortognática de correção transversa para as cirurgias combinadas e saiba mais sobre o pós operatório desse procedimento
A correção transversa realizada nesta cirurgia é indicada para casos de mordida cruzada posterior uni ou bilateral. Ou seja, quando o maxilar é menor do que mandíbula. “Já a cirurgias combinadas é o tratamento de pacientes com deformidade facial que envolve maxila, mandíbula e mento (queixo) e/ou assimetrias faciais”, explica o Emanuel, que conclui: “O pós operatório dessa cirurgia é indolor. No entanto, deve-se ter em mente que na primeira semana, algumas restrições alimentícias acontecerão, podendo apenas se alimentar de comidas líquidas e pastosas. Além disso, o paciente deverá se ausentar de atividades físicas e trabalhistas durante, pelo menos, 15 dias”.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Emanuel Mendes – Cirurgião-dentista especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, habilitação analgésica inalatória, membro efetivo do Colégio Brasileiro de CTBMF, mestre em clínica Odontológia-Sub-área Patologia Oral-UFRJ, professor do Curso de Cirurgia Oral Ivolution – Niterói e ex-professor de cirurgia Bucal I, II, III da UFRJ
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ: 39.531