Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) não negam. Mais de 90% dos casos de câncer de boca estão associados ao tabagismo. O resultado assusta bastante, mas para fugir dessa estatística não existe dicas mirabolantes: é preciso sim largar o cigarro! O estomatologista bucal Daniel Cohen garante que é a melhor atitude não só para manter a boca longe da doença, como, também, deixar todo seu organismo saudável.
Entenda por que o cigarro é o maior fator de risco
Que o cigarro faz mal, muita gente já sabe. O profissional relata que existem vários dados que comprovam os danos causados pelo vício. “Evidências científicas dos malefícios do tabagismo se acumulam por mais de 200 anos. E antes de se falar em doenças cardiovasculares ou câncer de pulmão em decorrência desta dependência química, a primeira correlação estabelecida foi justamente com relação ao câncer de boca”. Informações do INCA ainda apontam que a fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes. Todas elas atuam sobre diversos sistemas e órgãos do corpo humano, contendo mais de 60 cancerígenos
Os sinais do câncer causados pelo tabagismo
Muita gente acredita que o câncer de boca inicia-se com dores e fortes incômodos na região. Mas este sintoma acontece quando a doença já está em seu estágio mais avançado. Por isso, é importante ficar atento à fase inicial do problema: o surgimento de algumas feridas nos lábios e no interior da boca. “Pode se apresentar como o que chamamos de lesões epiteliais precursoras, ou pré-câncer, que seriam manchas ou placas brancas e vermelhas”.
Quando o câncer é diagnosticado precocemente as chances de maior sobrevida são notáveis. “As sequelas do tratamento são mínimas ou nulas, ao contrário da maior parte dos casos, em que o câncer de boca é tratado apenas em fase avançada e leva à consequências pelo resto da vida do paciente”.
Mesmo tratando do problema, é preciso parar de fumar
Abandonar o fumo não é uma tarefa fácil. Daniel conta que muitos dos seus pacientes tabagistas que apresentaram um primeiro tumor primário continuaram com o hábito, mesmo após o alerta do risco. Apesar da resistência, é importante que o paciente persista em, aos poucos, largar o cigarro. O estomatologista faz um alerta. “O tabagismo é o agente modificador externo mais associado ao câncer”. Não deixe que esse vício apague o seu sorriso.