Quando o assunto é disfunção temporomandibular – ou DTM, como também é conhecida, existe uma série de ações comuns do nosso dia que podem ter um impacto direto no surgimento do quadro. Entre elas, podemos citar o bruxismo, mascar chiclete e roer unhas. Mas será que o costume de dormir com a mão embaixo do rosto também pode resultar nesse problema na mandíbula? Para esclarecer a dúvida, o Sorrisologia bateu um papo com Diego Limoeiro, cirurgião bucomaxilofacial e especialista no tema, que explicou qual a relação desse hábito com a DTM. Confira!
O que é DTM?
De acordo com o especialista, a DTM é uma condição que engloba diferentes patologias, sejam elas musculares ou esqueléticas e, em muitos casos, a junção das duas, o que torna o caso músculo-esquelético. “De maneira geral, a chamamos de disfunção temporomandibular por envolver a extensão das regiões das têmporas à mandíbula”, explica Diego.
Os principais sintomas de DTM são as dores ou incômodos na região das têmporas, perto dos ouvidos ou da mandíbula. Com a repetição de movimentos como mastigação, ou abrir e fechar a boca no ato de bocejar, essa dor pode ser desencadeada ou agravada. No entanto, vale ressaltar que há casos esqueléticos que não apresentam uma condição dolorosa, o que faz com que o quadro não seja diagnosticado precocemente.
Dormir com a mão embaixo do rosto é uma das causas dos problemas na mandíbula
Embora seja uma doença pouco conhecida, a especialista afirma que a disfunção temporomandibular é uma condição multifatorial, ou seja, ela pode estar relacionada com diferentes fatores. Dormir com a mão embaixo do rosto, por exemplo, é um deles. “O hábito gera uma sobrecarga muscular que ultrapassa o início da adaptação do organismo, o que favorece o surgimento da DTM”, revela o dentista.
Além disso, os hábitos parafuncionais, como ranger ou apertar dos dentes e roer as unhas, também podem influenciar no surgimento do quadro. Isso porque eles causam um esforço muscular na região fora do padrão de normalidade, trazendo desequilíbrio em todo o sistema.
O tratamento da DTM requer acompanhamento profissional
Geralmente, os sintomas da DTM não são nada silenciosos e podem afetar diretamente a qualidade de vida do paciente. Por isso, se dores de cabeça e na face, além de dificuldade em mastigar e abrir a boca são quadros comuns no seu dia a dia, é importante procurar um especialista para investigar a situação. “É fundamental que o paciente tenha consciência da sua condição e busque com o profissional especialista em DTM uma maneira de tratar e aliviar os sintomas”, aconselha o especialista. Lembre-se: apenas um profissional capacitado pode lançar mão de estratégias para minimizar a disfunção.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Diego Limoeiro – Cirurgião bucomaxilofacial | Implantodontista Pós-graduado em Cirurgia da ATM Especialista em DTM e Dor orofacial
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ: 31146