A cárie é o processo de desmineralização que ocorre devido aos ácidos provenientes da placa bacteriana. Isso você já deve saber, né? Uma alimentação rica em alimentos e bebidas com muito açúcar e a falta de uma boa higiene bucal são os principais fatores que contribuem para que o problema se instale – e talvez você já cansou de ouvir o seu dentista falar sobre isso. Todos, alguma vez na vida, já ouviram falar dessa vilã, mas o que muitos não sabem é que existem diferentes tipos de cárie. A interproximal, por exemplo, é um tipo bem difícil de ser diagnosticado. Você já ouviu falar dela? A dentista Thalita Costa explica o que é e quais são as principais causas.
O que é a cárie interproximal?
“Cárie interproximal é aquela localizada entre os dentes”, explica Thalita Costa. Devido a essa localização, o diagnóstico tanto clínico quanto radiográfico pode se tornar difícil. “O acesso para sua remoção se torna um pouco mais difícil e o prognóstico da restauração também”, afirma a profissional. Principalmente se a pessoa continuar com maus hábitos de higiene. Nesses casos, a doença pode até mesmo se tornar recorrente.
Falta de higiene bucal adequada é a principal causa
A principal causa desse tipo de cárie é a negligência na hora da higiene bucal. A falta da limpeza com o fio dental, passando entre os dentes com movimentos suaves, leva ao acúmulo de placa bacteriana nessa área. “Uma escova não consegue alcançar essas regiões, e se o fio não complementar essa higienização, a placa bacteriana não será removida”, diz Thalita. Ela afirma também que o enxaguante bucal, que pode ser usado para completar a limpeza oral, não é o suficiente para eliminar o acúmulo de placa na região entre os dentes. “Esta remoção deve ser mecânica”, esclarece.
Como é feito o tratamento?
Quando a cárie interproximal se instala, o tratamento adequado deverá ser realizado pelo dentista. A remoção é feita pelo profissional com uma broca, além da sua restauração. Caso ela já esteja muito profunda, causando dor, as medidas tomadas devem ser diferentes. “O tratamento será endodôntico, removendo essa polpa inflamada com anestesia e desinfecção, com posterior restauração”, explica.
Fio dental todo dia é a principal medida de prevenção
Os prejuízos desse quadro para o seu sorriso podem ser muitos, por isso o melhor a se fazer é se prevenir. E essa não é uma tarefa difícil! É preciso investir em uma escovação adequada, aliada ao uso diário do fio dental. “Principalmente naqueles dias que a gente passa sem escovar por impossibilidade, ou que temos uma alimentação mais açucarada”, indica.
Na hora de passar o fio dental, remova toda a “massinha branca”, até que ele saia limpo. Caso ocorra sangramento, ainda assim você não deve deixar de passá-lo. Isso pode ser um sinal de inflamação na gengiva, causada pela placa bacteriana, e a utilização do fio também é a melhor forma de combater esse quadro. “Além disso, tenha uma dieta equilibrada com menos açúcar, intervalos regulares entre as refeições e alta ingestão de água”, finaliza.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Thalita Costa – Cirurgiã-dentista
Rio de Janeiro-RJ
CRO-SP: 113895