A bichectomia é um dos procedimentos estéticos mais realizados nos consultórios odontológicos. Responsável por remover o acúmulo de gordura localizado na região das bochechas, a cirurgia é bastante procurada por pacientes que desejam ter um rosto fino e assimétrico. Mas será que qualquer paciente pode realizar a bichectomia? A cirurgia pode apresentar riscos funcionais após a sua realização? Para esclarecer essas e outras dúvidas, a equipe do Sorrisologia conversou com o dentista Igor Puga, que é especialista em harmonização facial. Veja só o que ele nos contou!
Bichectomia: o que é?
A bichectomia nada mais é do que um procedimento cirúrgico feito para retirada parcial da “bola de bichat”, que é o excesso de gordura na região das bochechas. “Com o objetivo de melhorar o formato facial criando o “efeito blush”, ele projeta as maçãs do rosto e cria uma marcação da mandíbula”, explica o dentista. Justamente por isso, a cirurgia pode ser utilizada para fins estéticos e odontológicos.
Bichectomia: cirurgia pode ser feita por qualquer paciente?
Segundo o dentista, a bichectomia é indicada para quem costuma morder a bochecha durante a fala ou mastigação, assim como para homens e mulheres que não estejam satisfeitos com o volume das suas bochechas. No entanto, é importante ressaltar que assim como outros procedimentos estéticos, a bichectomia também possui algumas contraindicações que devem ser consideradas pelo paciente e, principalmente, pelo profissional escolhido.
“Pacientes submetidos à radioterapia ou quimioterapia, infecções locais ou sistêmicas e cardiopatias severas não devem realizar o procedimento, assim como pacientes sistemicamente não compensados, com deficiência de fatores de coagulação ou problemas hepáticos e renais graves”, revela o dentista. Além destes, pacientes menores de idade e grávidas também entram na lista de contraindicações para a bichectomia.
Realizar a bichectomia com um profissional qualificado pode diminuir os riscos
De maneira geral, Igor explica que a bichectomia oferece riscos como qualquer outra cirurgia. “O procedimento é feito em uma região próxima a glândulas, nervos e vasos sanguíneos importantes da face, podendo causar lesões na região. Entre os problemas mais comuns, podemos destacar infecção, sangramento, hematomas e lesão no ducto da glândula parótida e no nervo facial, levando a paralisia”, conta o especialista. Por isso, é importante que o profissional escolhido seja qualificado e conheça perfeitamente, não só a anatomia da face, como também a técnica cirúrgica, para evitar possíveis lesões na região.
Os cuidados necessários após a realização da bichectomia
Embora seja um procedimento cirúrgico pouco invasivo, a bichectomia exige alguns cuidados no pós-operatório para garantir uma boa cicatrização. A alimentação, por exemplo, é um fator que deve sofrer algumas alterações nos primeiros dias. “No primeiro dia após a bichectomia, o paciente precisa cumprir uma dieta líquida fria ou gelada, e a partir do segundo, apenas dieta pastosa macia”, afirma Igor.
Atividades físicas, sucção ou uma mastigação vigorosa e abertura exagerada da boca são outros hábitos que devem ser evitados durante esse período. Além disso, o dentista revela que é imprescindível as visitas ao consultório odontológico para acompanhar a recuperação e remover os pontos cirúrgicos, da mesma maneira que os cuidados com a higiene bucal.
Esse artigo contou com a participação profissional de:
Igor Puga – Cirurgião-dentista com formação em harmonização facial
CRO-RJ: 28418