Não existe nada tão fofo quanto assistir um bebê dormindo. Ver aquele sorrisinho banguela sem dentes de leite ou de boquinha aberta é, de fato, uma sensação única. Mas você sabia que um simples detalhe durante o sono do pequeno pode causar grandes consequências à saúde bucal? O Sorrisologia entrevistou a dentista Camila Sodré que revelou se existe algum problema a criança dormir com a boca aberta. Veja só o que a profissional respondeu!
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É normal o bebê dormir de boca aberta? Entenda os motivos
Embora o bebê apresente uma frequência respiratória maior que o adulto, tornando-se semelhante somente aos 9 ou 10 anos de idade, a criança dormir de boca aberta não pode ser considerado um hábito normal e a especialista explica o verdadeiro motivo: “Geralmente está associada a alguns hábitos como: a maior utilização de mamadeiras, diminuição do aleitamento materno, uso de chupetas, assim como a presença de alergias ou adenoide podem possibilitar o hábito de respiração oral”, revelou.
Dormir de boca aberta pode causar muitos problemas a longo prazo
A longo prazo, a respiração oral pode ser a causa de uma série de problemas bucais e respiratórios como:
– Alteração da função muscular tornando os músculos da face flácidos e os lábios mais aberto;
– Dificultar a mastigação de certos alimentos;
– Alterar a deglutição e sucção do paciente;
– Promover alterações na arcada dentária como o palato ogival (céu da boca estreito e profundo);
– Deixar o formato de rosto mais alongado e um aspecto “mais cansado”;
– Também pode propiciar amigdalites, otite, rinites e sinusites porque o ar não é filtrado, umedecido e aquecido ao entrar pela cavidade oral.
Esse hábito deve ser corrigido?
É importante descobrir a causa do problema, entender a razão da criança dormir de boca aberta. Quando o paciente começa este hábito logo na infância e o caso o motivo seja devido às vias áreas superiores, deve procurar um otorrinolaringologista o mais rápido possível. Se for uma discrepância maxilar, deve ser consultado um especialista em ortopedia funcional dos maxilares. Em muitos casos, vale apostar em uma abordagem conjunta com o fonoaudiologia com a realização de exercícios e alongamentos faciais.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Camila Stofella Sodré – Doutoranda em Clínica Médica pela UFRJ. Mestre em odontologia com área de concentração em reabilitação oral / prótese. Especialista em prótese dentária.
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ: 40419