Você se sente incomodado com o seu sorriso? Não gosta muito do posicionamento da mandíbula, do queixo ou percebe que os dentes ficam mal posicionados quando sorri? Se a resposta for sim, então o mais recomendado é fazer uma avaliação com o seu dentista para encontrar uma possível solução. Dependendo do caso, o profissional pode indicar um tratamento ortodôntico ou, se for um quadro mais delicado, uma cirurgia ortognática – procedimento cirúrgico que corrige as alterações de desenvolvimento do esqueleto facial e dos dentes. Quer saber como o seu rosto ficaria depois dessa técnica? O Sorrisologia te mostra!
O que é a cirurgia ortognática? Entenda como ela funciona!
Segundo a odontologista Rhianna Barreto, a cirurgia ortognática refere-se ao alinhamento da maxila e da mandíbula, com objetivo de corrigir irregularidades faciais e maxilomandibulares, além de garantir um melhor posicionamento dentário.
Mas como é dada a decisão de fazer o procedimento? A profissional explica: “Após uma avaliação feita pelo ortodontista e pelo cirurgião bucomaxilofacial, baseada na realização de vários exames de imagem. Em seguida, daremos início ao tratamento ortodôntico para colocar os dentes em posição ideal para a cirurgia ser realizada. Depois, ainda tem acompanhamento com fisioterapia e ortodontia até a finalização completa do tratamento”, esclareceu.
Além disso, é importante lembrar que o cirurgião bucomaxilofacial e o ortodontista precisam trabalhar juntos para definir o melhor rumo do tratamento para o paciente. Se necessário, outros profissionais, como psicólogo e nutricionista, podem ser indicados para uma terapia multidisciplinar mais completa. “O processo de tratamento até ser finalizado é longo, podendo durar anos, dependendo do caso”, ressaltou a dentista.
Em que caso a cirurgia ortognática é indicada?
O procedimento é recomendado em uma série de casos. “Deformidades dentofaciais, com oclusão alterada, com a maxila ou mandíbula posicionada de forma incorreta após o crescimento facial, podendo causar problemas como: dificuldade na mastigação e na fala, apinhamento dentário excessivo, mordida aberta, dificuldade de abertura bucal, respiração bucal crônica e apnéia do sono”, contou a especialista.
O que muda no paciente depois da cirurgia? Conheça os benefícios e riscos do tratamento
Logo após todo o tratamento, é possível notar as mudanças principalmente no contorno e na simetria facial, na oclusão dentária, na melhora da fala e da mastigação. Os benefícios vão desde estéticos (com a harmonia do rosto) até funcionais, melhorando a oclusão dentária e de disfunções na articulação temporomandibular (ATM).
Já os riscos desse tratamento são: edema excessivo, náuseas, vômitos, dor, sangramento, perda de sensibilidade nos nervos, infecção, fraturas dentárias, limitação do movimento mandibular e recidiva. Mas lembre-se que esses podem ser evitados com uma boa rotina de cuidados pós-procedimento.
Veja como deve ser o pós-operatório da cirurgia
Rhianna explica que é um pós-operatório bem longo: “Pode-se levar até três meses para se observar o resultado final. Os edemas, dificuldade na abertura bucal e na alimentação são observados pelo paciente e relatados para o dentista. Além disso, é fundamental fazer fisioterapia para melhorar a função mandibular e controlar o inchaço”, concluiu.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Rhianna Barreto – Cirurgiã-Dentista
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ:37448