Crianças, adolescentes, adultos e idosos apresentam características bem diferentes, e é por isso que cada fase da vida costuma ser marcada por problemas bucais específicos. Mas ainda que essa regra seja válida, vale o questionamento sobre possíveis exceções. Quando se fala da saúde das gengivas, será mesmo que a gengivite se restringe apenas a uma certa idade? A especialista Caroline Pessoa pode esclarecer a questão.
Conhecendo o problema
Ela é o primeiro estágio da doença periodontal e capaz de causar uma série de complicações para o sorriso. A gengivite, mesmo sendo um assunto bem importante, tende a ser tratada com um problema mais relacionado aos adultos, mas não se engane: ela não escolhe faixa etária. Segundo Caroline, essa condição pode se estabelecer em pacientes de qualquer idade, inclusive em crianças.
Os dentes de leite também correm risco
Tanto na dentição decídua (de leite) quanto na permanente, os riscos são os mesmos. No caso dos pequenos, é importante que os responsáveis fiquem atentos aos sintomas. A gengivite é conhecida por causar dor, sangramento, inchaço e até mesmo alteração na cor da gengiva, que muda de rosa para um tom mais avermelhado. “Um dos sinais de alerta aos pais é quando a criança evita se alimentar por causa do desconforto bucal”, reforça a especialista.
Fatores relacionados com o problema
Independentemente da idade, a origem da inflamação na gengiva pode ser relacionada a vários cenários. De acordo com a dentista, deficiência nutricional e/ou baixa de imunidade, uso de medicamentos como pílulas anticoncepcionais e alterações hormonais comuns na puberdade, gravidez e ciclo menstrual podem ser possíveis culpadas pela manifestação do problema.
De qualquer forma, ainda que existam diversas explicações, Caroline revela que, na maioria dos casos, a gengivite costuma se desenvolver por um motivo mais simples. “Ela quase sempre se relaciona à uma higiene oral deficiente”.
A importância da higiene bucal para prevenção
A dentista explica que, em geral, o quadro inflamatório está ligado ao controle de placa bacteriana. Se a higiene bucal não for eficaz, a gengivite encontrará um caminho favorável para se manifestar. Caroline lembra que para fugir desse problema, a solução é dedicar-se ao ritual de limpeza. Sendo assim, nada de preguiça durante o processo.
“O paciente deve escovar seus dentes após cada refeição, fazendo uso de fio dental e de enxaguantes bucais. Nos casos das crianças e adolescentes, o ideal é que cada escovação seja supervisionada, e que pelo menos uma delas seja realizada por um responsável”, reforça a dentista.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Caroline Pessoa da Silva – Especialista em Dentística e Periodontia
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ:29207