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O que é atresia maxilar, suas causas e tratamentos

O que é atresia maxilar, suas causas e tratamentos

A atresia maxilar é um tipo de problema dentofacial que afeta a saúde da boca tanto em termos estéticos quanto funcionais, pois pode prejudicar o alinhamento dos dentes e até causar alterações fonéticas. Ela consiste basicamente em uma desarmonia na relação da maxila com a mandíbula, que resulta em uma oclusão instável e demanda um tratamento específico.

O Sorrisologia conversou com a cirurgiã-dentista Uila Ramos, que explicou melhor o que é atresia maxilar, quais as suas causas, como é feito o diagnóstico correto e o melhor tratamento para diferentes perfis de pacientes. É só continuar lendo!

O que é atresia maxilar?

De acordo com a cirurgiã-dentista, a atresia maxilar ocorre basicamente quando o desenvolvimento da arcada superior se dá de maneira incorreta, o que gera um desencaixe com a mandíbula e, a partir daí, outros problemas bucais. 

“É a deficiência no desenvolvimento transversal da maxila e com aprofundamento do palato (região óssea conhecida como céu da boca) devido à respiração bucal ou do tipo mista (pela boca e nariz)”, explica a profissional. Nesse caso, é comum que o paciente apresente algumas disfunções, como estreitamento de palato e apinhamento dental, decorridos justamente dessa deformidade mandíbula/maxila. 

O que causa a atresia maxilar?

Durante a infância, quando a estrutura facial ainda está em formação, é necessário tomar uma série de cuidados com a saúde bucal, sabia? Respirar incorretamente, por exemplo, segundo a especialista, resulta diretamente em desequilíbrios nas formações da maxila e da arcada dentária como um todo.

 “A causa mais notória da atresia maxilar é a respiração bucal. Quando o paciente respira pela boca, o ar inspirado é deficiente em oxigênio; então, não acontece o estímulo ao desenvolvimento transversal da maxila e a língua assume uma posição baixa”, explica. 

“Diversos fatores podem provocar a  atresia maxilar. Isso porque eles obstruem a passagem do ar, o que obriga o paciente a respirar pela boca ou então a ter uma respiração do tipo mista. São eles: rinite (inflamação nas mucosas nasais), hipertrofia de cornetos (quando as conchas nasais são mais estreitas), hipertrofia da glândula adenoide (crescimento exacerbado das glândulas, o que leva à obstrução da passagem de ar) e desvio de septo nasal”, complementa a profissional. 

Vale destacar, ainda, que maus hábitos também podem prejudicar a formação da mandíbula e, assim, levar a um quadro de atresia maxilar. Por isso, de acordo com a cirurgiã-dentista, é importante que os pais se certifiquem de que a criança não mantém comportamentos prejudiciais à saúde bucal, como colocar dedos e objetos na boca frequentemente. “As causas de atresia maxilar não relacionadas à obstrução do ar são: falta de amamentação, uso de mamadeira, sucção de chupeta e hábitos parafuncionais (apertar e/ou ranger os dentes, morder os lábios, as bochechas, a língua, roer as unhas, morder objetos e outros)”, afirma a especialista. 

Como é feito o diagnóstico da atresia?

Existem alguns problemas bucais que podem sinalizar a atresia maxilar, como apinhamento dentário e retração gengival. Segundo a dentista, avaliar a saúde bucal (e também respiratória) do paciente é o primeiro passo para diagnosticar a atresia corretamente.

“O diagnóstico é realizado com o conhecimento da queixa e a avaliação clínica do paciente, que costuma apresentar a boca aberta, protrusão dos dentes anteriores, olheiras, alterações posturais e quadros recorrentes de infecções respiratórias”, explica a profissional. É importante destacar que, após o diagnóstico, o tratamento deve ser planejado de acordo com o paciente (dependendo se for criança ou adulto) e preferencialmente feito o quanto antes para evitar complicações nos dentes.

Como é o tratamento da atresia maxilar?

Para recorrer ao tratamento certo de atresia maxilar, de acordo com a Dra. Ramos, é importante avaliar tanto o estágio da atresia quanto a idade do paciente. “Depois do exame clínico, o paciente precisa fazer uma documentação ortodôntica para avaliar o caso. O tratamento ortodôntico consiste na expansão da arcada superior para casos leves. Já quando a atresia é mais severa, o indicado é recorrer à disjunção palatina (uso do expansor de palato) para pacientes que estão em crescimento”, orienta a especialista. 

“Em pacientes que já se encontram na fase de maturidade esquelética, a abordagem conduzida no tratamento dependerá do grau da atresia. Ou seja, se há possibilidade de expansão da arcada ou, então, uma possível indicação de disjunção palatina cirurgicamente”, finaliza a profissional. 

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