Você já ouviu falar na tecnologia do mini-implante ortodôntico? Utilizado para otimizar o tratamento com aparelho dentário, ele é feito de titânio e funciona de maneira diferente do implante tradicional, pois serve apenas como acessório na ortodontia. Quer saber mais sobre como esse dispositivo funciona? O Sorrisologia conversou com o dentista Marcos de Borba, que falou mais sobre as vantagens do mini-implante e cuidados para tomar durante o tratamento.
Como funciona o mini-implante dentário?
Indicados para acelerar o tratamento ortodôntico, os mini-implantes funcionam como um sistema de ancoragem esquelética, auxiliando na movimentação dos dentes que precisam ser corrigidos. Eles exercem uma força mais direta sobre os dentes, o que torna o processo bem mais eficiente.
Semelhantes a pequenos parafusos, esses mini-implantes são fixados diretamente na gengiva (no maxilar superior, inferior ou no palato), mas são considerados simples e pouco invasivos. A instalação dos dispositivos, inclusive, é bem rápida e costuma ser feita junto com o aparelho dentário, já servindo de ancoragem.
Geralmente, o dentista usa uma broca para fazer um pequeno furo na gengiva, de modo que seja possível acessar o osso do maxilar para a fixação do implante. Esse procedimento é indolor por conta do uso de anestesia local e não deixa a gengiva ferida – o paciente não precisa tomar pontos e não é necessário esperar a cicatrização para prosseguir com a instalação do aparelho. Já no caso do implante tradicional (que substitui a raiz dentária para a fixação de um dente artificial), o processo é um pouco mais complexo, pois existe o período de osseointegração, que pode levar de 3 a 6 meses.
O especialista Marcos de Borba explica que os mini-implantes são bastante utilizados para impedir que os dentes de trás se movam para a frente, prejudicando o tratamento ortodôntico. “Quando queremos tracionar os dentes anteriores para trás, devemos aplicar a força diretamente no mini-implante instalado na região posterior”, explica.
Qualquer pessoa pode usar mini-implantes na gengiva?
Embora acelere o tratamento ortodôntico de um modo geral, o mini-implante não pode ser utilizado em qualquer situação. Geralmente, ele é indicado para pacientes que apresentam quadros de diastema acentuado (quando há muito espaço entre os dentes), de mordida aberta e, especialmente, quando é necessário alinhar um dente sem mexer os demais. Ele pode ser indicado em outros casos de má oclusão, mas cabe ao dentista avaliar o paciente e determinar a linha de tratamento que será seguida.
Quais cuidados tomar com os mini-implantes?
Por ficar localizado na gengiva, onde há acúmulo de bactérias, o mini-implante precisa ser bem higienizado todos os dias – preferencialmente com uma escova de cerdas macias e o com o creme dental indicado pelo dentista. No entanto, por ser um tipo de parafuso atarraxável, ele tende a ser mais vulnerável a danos. Por isso, é fundamental evitar fazer muita força no local. O dentista Marcos de Borba destaca a importância de higienizar o local regularmente, removendo sempre os restos de alimentos e microrganismos da gengiva. “O paciente tem que ter cuidado com a higiene do local, pois a falta dela pode levar a um quadro de mucosite e, consequentemente, à perda do elemento”, finaliza o especialista.