A doença periodontal é temida por muitos pacientes. Tudo começa com o acúmulo de placa bacteriana que logo em seguida vira tártaro e acaba se tornando em uma gengivite. Esta, quando não é tratada, chega ao estágio de periodontite. “É um processo infeccioso que acomete os tecidos de suporte dos dentes, chamados de periodonto (Peri= ao redor; donto=dente)”, explica o especialista Clébio Ferreira Júnior.
Existem os tipos crônico e agressivo da doença
A doença periodontal pode se apresentar de duas formas: a crônica e a agressiva. Clébio afirma que a primeira forma é a mais comum, pois resulta no acúmulo de placa bacteriana. “O processo inicia-se pela gengivite e caso não seja tratado corretamente pode evoluir para a periodontite, resultando em destruição dos tecidos que suportam o dente, tais como o osso alveolar e o ligamento periodontal”.
Já a agressiva é um tipo mais raro da doença relacionado às bactérias presentes na boca da pessoa. “Existe uma predisposição genética que faz com que o indivíduo reaja à presença das bactérias de maneira tão violenta, que os tecidos periodontais também acabam sofrendo danos”. Ambas causam sangramento gengival, mobilidade dentária, podendo resultar na perda do dente. Perigoso, né?
A raspagem consegue remover todo o tártaro
O profissional conta que o tratamento consiste em três fases, a Terapia Básica Periodontal, a Terapia Cirúrgica – nem sempre necessária -, e a Terapia Periodontal de Suporte. Dentre estas etapas encontramos o processo de raspagem. “Tem como objetivo a remoção dos tártaros ou cálculos aderidos à superfície dentária, além da descontaminação da superfície radicular, removendo toxinas prejudiciais ao periodonto”. Este tratamento é chamado de supragengival. Já o tártaro que fica escondido abaixo da margem da gengiva são retirados com a raspagem subgengival. “A remoção mecânica dos cálculos pode ser feita através de instrumentos manuais, como as curetas e o raspadores, ou através de instrumentos ultrassônicos (ultrassom odontológico)”.
Se o tártaro estiver muito profundo, uma cirurgia será necessária
Não é à toa que os dentistas alertam sobre a importância dos cuidados logo no início para que ela não passe da margem da gengiva. “Nestes casos são realizadas cirurgias que tem como objetivo expor as superfícies das raízes dos dentes para proporcionar uma melhor raspagem”. Após o procedimento, a gengiva é suturada para que cicatrize e a doença é eliminada. Clébio alerta que a periodontite não tem cura e, sim, controle. “Para se evitar que a doença retorne é fundamental que o paciente faça a Terapia Periodontal de Suporte, que nada mais é do que a consulta de manutenção, geralmente realizada de 6 em 6 meses”. Em alguns casos o uso de antibióticos se faz necessário para exterminar as bactérias causadoras da periodontite.
Para prevenir é simples: higiene bucal
“A melhor maneira de prevenir as doenças periodontais é através de uma correta higienização bucal, escovando os dentes, pelo menos, duas vezes ao dia e usando o fio dental diariamente. Além disso, visitar o seu dentista regularmente”, finaliza Clébio. Para incrementar todo esse momento saúde, só usando um creme dental com Fluoreto de Estanho estabilizado. A fórmula tem um alto poder antibacteriano, capaz de prevenir o sangramento gengival e reduzir a placa bacteriana ao longo da linha da gengiva. Sem falar na sensação de refrescância que deixa por mais tempo.