Os dentes sisos costumam ser aquele enigma: algumas pessoas têm, outras não. Em alguns, eles nascem cedo. Em outros, eles só aparecem no auge de fase adulta. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial Diego Limoeiro, os sisos são os terceiros molares, ou seja, são os últimos elementos da arcada dentária a irromper, e costumam surgir entre os 17 e os 21 anos – mas não é sempre assim. O grande problema é que quando o famoso dente do juízo está prestes a nascer – aí, as chances de haver inflamação na região são altas. Mas por que será que isso acontece? Que medidas devem ser adotadas nessa situação? Confira o que o especialista tem a dizer!
O siso inflamou, o que fazer?
A situação é chata, traz bastante desconforto e até dor, e quando você percebe está tudo claro: seu siso inflamou. Nunca dá para saber quando isso vai acontecer, e normalmente o paciente é pego de surpresa, mas é preciso ficar bastante atento a esse tipo de situação e tomar as medidas necessárias. “Muitas vezes são condições agudas que precisam de pronto atendimento, pois há chances de evoluir para um quadro infeccioso mais grave, principalmente em casos onde os dentes sisos ainda não irromperam completamente”, alerta o especialista.
Por que o siso inflama?
Por mais que a inflamação aconteça repentinamente, o profissional indica que o principal motivo para que isso aconteça é a erupção parcial. Isso leva à inflamação denominada pericoronarite e pode gerar muita dor, dificuldade de abertura da boca (trismo), edema (inchaço) e provocar mau hálito no paciente, conforme Diego explica. “Em alguns casos, o processo também pode gerar cáries, tanto no siso quanto no elemento dentário adjacente.”
Os riscos de não extrair os sisos
Nem sempre a extração dos sisos é necessária, isso vai depender muito da gravidade de cada caso. No entanto, quando há inflamações constantes, o cirurgião comenta que a infecção pode ser combatida para que seja programada posteriormente a extração o mais rápido possível. “Quando indicada e não realizada a extração, os sisos podem gerar: dor, cárie, lesão cística ou tumoral, reabsorção de raízes de dentes adjacentes, problemas ortodônticos, e vários outras questões”. Portanto, o ideal é que o paciente siga as recomendações do seu dentista, principalmente se a solução for a extração.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Diego Limoeiro – Cirurgião bucomaxilofacial / Implantodontista Pós-graduado em Cirurgia da ATM Especialista em DTM e Dor orofacial
Rio de Janeiro – RJ
CRO-RJ: 31146