Hoje, cerca de 40% dos brasileiros convivem com dores de cabeça e bruxismo, problemas esses que estão diretamente ligados a uma disfunção da articulação da mandíbula, a chamada DTM. Essa condição pode trazer diversas consequências para os pacientes que sofrem desse mal e, para tratá-lo, procedimentos cirúrgicos e o uso de placas de mordidas eram as soluções mais adotadas até então. Contudo, o dentista Leandro Lukacsak desenvolveu uma nova técnica que não necessita de intervenção cirúrgica, chamada de Re.M (reposicionamento mandibular). O Sorrisologia conversou com o especialista sobre esse novo tratamento e ele contou tudo que você precisa saber.
Como essa técnica pode revolucionar o tratamento de quadros clínicos de DTM e bruxismo?
Segundo Leandro, é através da técnica do Re.M que o paciente consegue ter um alívio na parte articular, melhorando quadros de bruxismo e trazendo menos dor. No entanto, ele também indica que a DTM é um problema muito amplo, e é importante saber diferenciar cada quadro provocado provocado por ela. “Um, por causa de perda de dimensão vertical, que é o desgaste dos dentes posteriores, outra por mal posicionamento dos dentes, outra por interferência de outros dentes fazendo com que a mandíbula desvie”, conta. Logo, não há um tratamento específico, pois isso vai depender do diagnóstico de cada caso.
Saiba como é feito o tratamento
O primeiro passo é diagnosticar o tipo de problema que o paciente possui na articulação, para que, em seguida, o tratamento possa ser iniciado. “Ele é feito da seguinte forma: restabelece-se a mordida posterior, tira-se interferências exteriores e recomenda-se o uso de aparelhos ortodônticos. São vários tratamentos que podem ser feitos para que a articulação volte a estar de forma adequada”, explica o especialista. Além do mais, ele também destaca que o importante é que a articulação fique em um estado confortável para o paciente. Só após isso, outros tipos de procedimentos podem ser indicados, como os estéticos, por exemplo.
Que tipos de exames costumam ser solicitados?
De acordo com o especialista, em casos onde as mandíbulas apresentam problemas um pouco mais graves, processos como a ressonância magnética e tomografias computadorizadas da região podem ser solicitadas a fim de possibilitar um melhor diagnóstico para tratar o paciente. Entretanto, ele ressalta que, com sua experiência na área, normalmente não costuma pedir exames adicionais para identificar os problemas.
Em alguns casos, a cirurgia ainda é necessária
Conforme Leandro explica, o procedimento cirúrgico ainda pode ser uma opção para pessoas que possuem discrepâncias. Por exemplo, há casos em que o paciente tem uma protrusão mandibular, que é quando a parte de baixo dos dentes está muito para frente e faz com que a pessoa tenha um queixo mais avantajado. “Nesse caso, não dá para realizar o reposicionamento porque houve um crescimento excessivo da mandíbula e isso só pode ser resolvido cirurgicamente”, explica. Dessa forma, quando os problemas envolvem problemas de crescimento ósseo, o indicado ainda é a cirurgia.
Este artigo contou com a contribuição do especialista:
Leandro Lukacsak – Especialista em reabilitação oral, estética, ortodontia, clínico geral, prevenção, disfunção temporomandibular, dor facial e dentística.
Santana – SP
CRO-SP: 7885