Você precisa corrigir sua mordida e o dentista te sugere o ultrassom cirúrgico? Pode ficar tranquilo! Essa nova tecnologia aparece para facilitar diversos processos odontológicos. Uma de suas maiores vantagens é não ser tão invasivo quanto alguns procedimentos, dando ao paciente um pós-cirúrgico mais tranquilo que o habitual! Ainda não está convencido de que é uma ótima técnica? Pedimos para a cirurgiã-dentista Viviane Fellows explicar mais de como funciona essa ferramenta e como ela pode ajudar muitos pacientes!
Ultrassom cirúrgico tem um motor piezelétrico
O ultrassom cirúrgico é um dispositivo com motor piezelétrico. Em outras palavras, é uma ferramenta que converte a corrente elétrica em ondas ultrassônicas. “Isso é possível por meio de um transdutor especial, ligado a uma peça de mão, anexa a bisturis ou pontas de corte, diamantadas ou de titânio”, explica a profissional. Ela também conta que a piezeletricidade é 3 vezes mais potentes que ao ultrassom comum. “Portanto, pode cortar tecidos altamente mineralizados, inclusive tecidos dentários duros”, completa.
Benefícios do ultrassom cirúrgico na Odontologia
Os profissionais podem usar essa tecnologia para diversas cirurgias e procedimentos. Além do mais, a ferramenta funciona exatamente para não machucar o paciente e ficar livre de possíveis falhas dos dentistas. “Uma vez em contato com tecidos moles, o dispositivo ativo de corte cessa sua atividade, preservando totalmente a integridade de vasos sanguíneos e nervos”, comenta ela. Antes do ultrassom, a opção era recorrer para serras cirúrgicas convencionais ou brocas. Mas, com ele, todo esse processo fica mais fácil, dando menos aflição ao paciente.
A tecnologia oferece cirurgias mais rápidas e com menos riscos
Com o dispositivo, as cirurgias se tornam mais rápidas e eficazes. Para o paciente, os benefícios são ainda maiores: há menos riscos cirúrgicos e o pós é mais favorável e menos traumático. “O aparelho corta o osso seletivamente, com suavidade, precisão micrométrica e com qualidade comprovadamente superior à das serras oscilatórias convencionais”, explica a especialista.
No início, o ultrassom cirúrgico esteve presente para auxiliar cirurgias ortognáticas, aquelas que corrigem a mordida, cirurgias pré-protéticas, que preparam a arcada dentária para a prótese, e enxertos sinusais. Mas seu uso tem se estendido, até mesmo para fora da odontologia. “Expansão de rebordo alveolar, extração de raízes com anquilose alveolodentária, corticotomias de precisão para movimentação dentária, osteotomias de segmentação de maxila e para expansão rápida cirurgicamente assistida, distração osteogênica, obtenção de osso autógeno para enxertos e outros”, lista a profissional. Basicamente, em todos os processos em que há a necessidade de cortar alguma estrutura dura, como um osso, o ultrassom pode ser uma opção!
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Viviane Fellows – Cirurgiã-dentista
Rio de Janeiro – RJ
CRO: 42816