Você é o tipo de pessoa que em caso de qualquer desconforto bucal já recorre a um profissional? Agora imagine se esse incômodo é a sensação de que tem algo queimando a sua boca. Imaginou? Pois é, a situação não tem nada a ver com comer algo mais apimentado. A síndrome da ardência bucal é um problema bem comum. Pensando nisso, conversamos com a estomatologista Dulce Helena Cabelho para esclarecer mais sobre essa doença e suas consequências.
Mas o que é essa síndrome?
A síndrome é caracterizada por uma sensação de ardor ou queimação em qualquer região da mucosa bucal. O desconforto provocado é forte e, em muitos casos, é acompanhado de dor intensa, por conta dessa ardência na boca. Entretanto, esse problema pode ocorrer sem necessariamente apresentar alterações ou lesões visíveis ao profissional. “Isso dificulta muitas vezes o diagnóstico”, explica Dulce.
Causas
A ciência que estuda as causas das doenças se chama etiologia. Porém, segundo a especialista, a origem da síndrome da ardência bucal ainda é desconhecida. “Pode ser associada a multifatores, inclusive ao estado emocional da pessoa”. Ou seja, problemas de ansiedade e de depressão são algumas das possíveis causas psicogênicas discutidas dentro da etiologia dessa síndrome.
Mais problemas
Se já não bastasse o difícil diagnóstico, essa síndrome ainda pode trazer outras consequências sérias para a sua saúde bucal. “Muitas doenças podem ser desencadeadas até que o diagnóstico final seja estabelecido, como por exemplo, xerostomia, perda de paladar, candidose e líquen plano”, diz a profissional.
Mulheres são as mais atingidas pela doença
A síndrome da ardência bucal geralmente afeta mulheres a partir dos 40 anos, em função da menopausa ou por causa das alterações hormonais. “Entretanto, não podem ser descartados os homens e mulheres mais jovens, principalmente pela vida atribulada em que a sociedade moderna nos coloca”, alerta.
Importância do diagnóstico
A doença atinge o paciente em graus variáveis. Nesse sentido, a realização de um diagnóstico preciso é o mais importante na prevenção da síndrome da ardência bucal, segundo Dulce. Além disso, seguir todas as orientações do profissional é essencial para que os sintomas indesejados sejam diminuídos.