O passar dos anos é um sinônimo para o aumento de cuidados. Saúde em primeiro lugar, certo? Na terceira idade, diversos hábitos diários acabam tendo modificações, como os remédios prescritos pelos médicos. Tomá-los corretamente é de suma importância para os respectivos tratamentos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente. Entretanto, esses medicamentos podem também acabar afetando a saúde bucal. Saiba de que maneira esse quadro ocorre e como é possível cuidar. A dentista Melina Mara Silva veio explicar sobre esse assunto.
A saúde bucal muda na terceira idade
Segundo as explicações da profissional, o avanço da idade traz também uma baixa na coordenação motora, o que pode complicar e piorar o autocuidado da higiene bucal. “Também com o tempo, as glândulas salivares passam a produzir menos saliva e isso pode causar boca seca, a xerostomia”, completa ela. O idoso é um paciente que necessita mais atenção, em especial aqueles com doenças sistêmicas, como a diabetes e hipertensão. Os problemas bucais mais comuns nessa idade, por outro lado, são feridas na gengiva, doença periodontal e aftas recorrentes.
Como o uso de remédios afeta a saúde bucal na terceira idade?
Nessa fase, as idas ao médico se tornam mais regulares e também a realização de exames. Além disso, é preciso cuidar da saúde bucal, não deixando de lado as visitas ao dentista. “E o aumento na ingestão de medicamentos são fatos que podem trazer consequências para a saúde de forma geral e uma baixa nas defesas do organismo”, esclarece Melina. Esses pacientes que fazem uso de muitos medicamentos podem apresentar problemas bucais, como a formação de cárie, aftas, úlceras, lesões na mucosa, além da xerostomia. “Se o idoso utilizar prótese dentária pode causar feridas na gengiva”, destaca a odontologista.
O idoso precisa de mais cuidados e visitas regulares ao dentista
Não dá para abrir mão de uma parte e, como é preciso cuidar tanto da saúde geral quanto a bucal, a dentista explica que, em caso de dúvidas quanto à abordagem do atendimento ao idoso, o odontologista deve associar seus conhecimentos a outros campos de saúde básica, chegando a um melhor tratamento. “A perda da plenitude mastigatória pode ser fatal à saúde e dificultar ou impedir a reabilitação de um idoso, a prevenção começa na orientação individual e seleção dos melhores recursos de higiene”, indica a profissional. Por isso, para quem possui próteses ou implantes, dispõe de escovas de dentes especiais.
O limpador de língua também é um importante aliado, pois previne o mau hálito e acúmulos linguais. “Idosos deveriam saber usar mais escovas interdentais, geralmente melhores que o próprio fio dental na limpeza dos vãos entre dentes”, ressalta. Para completar, a hidratação regular com água e a consciência de controle do consumo de açúcar são fundamentais, pois a dieta equilibrada é essencial para o sucesso dos tratamentos. “Idosos devem ir ao dentista mais vezes para tratar de doenças bucais que se tornam comuns na terceira idade, receberem orientações adequadas para sua higiene oral e evitar uma ineficiência mastigatória, que possa prejudicar sua saúde geral devido baixa de nutrição”, finaliza.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Melina Mara Silva – Ortodontista
Visconde do Rio Branco -MG
CRO-MG 32.986