Perder os dentes de leite quando a criança alcança uma certa idade é normal. Faz parte do processo de transição para os dentes permanentes. Mas quando esse ciclo é interrompido por uma doença bucal, os dentinhos podem cair antes do tempo e, muitas vezes, correm o risco de não serem substituídos. E certamente esse cenário pode se complicar ainda mais. A odontopediatra Amanda Mattos explica que esse é um risco de muitas crianças que não praticam uma boa higiene oral e possuem uma alimentação à base de doces e guloseimas.
A cárie é a maior inimiga do sorriso infantil
Ela é uma bactéria invisível aos olhos, mas quando toma conta do dente logo ganha forma, podendo comprometer todo o elemento dentário. Isso acontece quando a cárie invade o universo bucal de uma criança. Essa vilã ainda é o principal motivo de perda dentária precoce, devido a falta de tratamento. E o açúcar, somando a uma má higiene bucal, é o maior culpado dessa situação. Junto da lesão cariosa, Amanda afirma que o trauma é outro motivo que leva a queda do dente de leite. “Crianças estão suscetíveis a frequentes quedas”.
Quais são as formas de evitar este problema?
Com atitudes simples é possível evitar o surgimento da cárie. Tudo pode começar em casa, com os hábitos higiênicos. A odontopediatra lembra que uma escovação adequada com creme dental com flúor e o uso do fio dental deve ser ressaltada. O cardápio da criança também precisa ser revisto. “Recomenda-se uma alimentação balanceada, em que se tem menos consumo de açúcar e carboidratos”. O que acha de enfeitar o prato do seu filho com um colorido diferente? Inclua legumes, verduras e frutas que fazem bem para a saúde do organismo e do sorriso. Melancia, pera e brócolis são algumas opções.
Caso a perda seja inevitável, quais são as formas de tratamento?
Se não houver uma forma de reverter a perda dentária, existem alguns recursos que ajudam na reabilitação do sorriso da criança. Como o uso de próteses removível ou fixa. A especialista conta que é necessário uma avaliação prévia para o diagnóstico e escolha do melhor método. “Deve-se levar em conta alguns fatores como a cronologia de erupção dos permanentes, o espaço presente na boca e a maturidade da criança em aceitar o tratamento”.
Dica para os pais
A melhor forma de combater essa vilã é com a prevenção. E quando falamos de saúde bucal infantil, quer dizer que o apoio dos adultos é a melhor ajuda. “É necessário uma atenção especial dos pais com os pequenos. Eles devem ser estimulados a realizar as escovações, supervisionadas na primeira infância, ter controle na alimentação e realizar visitas ao dentista, pelo menos, a cada seis meses”.