Bruxismo e apertamento: esses dois nomes parecem sinônimos para você? Apesar de se tratarem de um problema comum, ambas condições que acometem os dentes não são exatamente a mesma coisa. O apertamento dentário é, na verdade, classificado como um tipo de bruxismo. Assim como o nome sugere, ele nada mais é do que o hábito de apertar involuntariamente os dentes da arcada superior com a inferior. Mesmo sendo um pouco mais difícil de diagnosticar, o dentista Diego Limoeiro garante: tem tratamento.
Peça ajuda para identificar o problema
A primeira característica a ser detectada é o que vai diferenciar os dois casos: enquanto, no bruxismo comum, o paciente range, no outro, ele aperta os dentes. As duas formas são bem prejudiciais ao sorriso e difíceis de serem identificadas. Assim, para investigar mais a fundo, uma boa auto-análise e a ajuda de pessoas mais próximas são fundamentais. Poucos nos conhecem tão bem quanto os que dividem a rotina com a gente, certo? Nesse caso não é diferente.
Bruxismo desperto x bruxismo do sono
O bruxismo desperto (em vigília), é aquele em que se aperta o dente acordado. Ele é geralmente ligado ao aumento dos níveis de estresse e ansiedade e não é normal que tenha ranger de dentes. “Quando isso acontece, normalmente está associado a alguma doença neurológica”, atenta o dentista. No bruxismo do sono, seja apertamento ou ranger, ainda não existe uma causa bem definida.
Você pode estar piorando o problema. Entenda:
Mesmo sendo por vezes uma situação não controlável, algumas situações, no entanto, podem abrir caminho para o surgimento do problema, como hereditariedade, o hábito de fumar, o uso de algumas medicações e a apneia do sono. O que se sabe, de acordo com Diego, é que as duas situações estão relacionadas a uma fase da arquitetura do próprio sono.
Seu dentista pode te ajudar
No passo a passo de como reconhecer o problema, além da observação dos próprios hábitos, está a consulta regular ao seu dentista. Ainda que você não perceba no dia a dia, ao notar desgastes dentários, o profissional poderá se atentar aos sinais e alertar para a possibilidade do problema. Se a suspeita for confirmada, aí sim, é hora de partir para um tratamento mais específico.
Procure a orientação de um especialista
A melhor maneira de começar os cuidados é procurando um especialista em disfunções temporomandibulares (DTM) e dor orofacial. Segundo Diego, somente esse profissional saberá diagnosticar da maneira correta, além de, se for o caso, relacionar a situação com outras patologias. “O mais importante é identificar possíveis fatores de risco e estabelecer um plano de tratamento, seja através de autocuidados, placas estabilizadoras ou suspensão de alguma medicação”, explica.