Só de ouvir aquele barulho vindo da sala do dentista dá um arrepio, e você logo imagina o que deve estar acontecendo lá dentro. A sensação não é nada boa e quem tem medo sabe muito bem disso. Tudo começa na marcação da consulta e piora ao escutar o temido motorzinho. A situação pode ser desagradável, mas esse aparelho ajuda a manter seus dentes saudáveis, tratando de doenças como a cárie e o tártaro. Por que será que tanta gente teme esse aparelho? O dentista Marcos de Borba explica a real função da ferramenta e indica maneiras de o paciente encarar este momento da melhor forma.
De onde vem o medo?
Apesar de diversos avanços tecnológicos e esclarecimento sobre cada tratamento, Borba confessa que vários pacientes ainda chegam no consultório temendo o motorzinho. “Muitos até relatam sentir arrepios só de ouvir o barulho”. Ele ainda diz que isso costuma acontecer devido a experiências antigas ou relatos de parentes mais velhos que passaram por poucas e boas na cadeira do dentista. “Numa odontologia mais antiga e menos preventiva, as pessoas chegavam ao consultório com problemas dentários bem mais avançados, sendo submetidas a tratamentos mais radicais, de acordo com a técnica da época”. Também não existiam técnicas anestésicas eficientes como atualmente, o que tornava a terapia mais dolorosa. Consegue imaginar?
Para que serve o motorzinho?
Essa ferramenta que assusta muita gente é conhecida na odontologia como caneta de alta rotação. “Como o próprio nome diz, a partir de uma alta rotação da turbina, feita por ar comprimido e irrigada com água abundante, possibilita que a broca perfure ou corte o esmalte do dente”, explica. O profissional ressalta que esse procedimento geralmente é feito para se remover tecido cariado, preparar superfícies para prótese, acessar o canal do dente ou, até mesmo, um simples polimento no sorriso. Os mais invasivos podem ser feitos com anestesia.
O dentista ajuda a enfrentar a situação
A pessoa certa para acabar com esse medo é o dentista. O profissional ensina como. “A melhor maneira é explicar o passo a passo do que vai acontecer na consulta e ser bem claro, dizendo qual a função do tal motorzinho”. Não omitir para a pessoa se ela vai sentir algum tipo de dor no tratamento também é a melhor opção. “Muitas vezes, o que gera medo é o desconhecido do que virá acontecer. O paciente tendo consciência de tudo o que ocorrerá na consulta, com certeza se sentirá bem mais seguro e mais relaxado”, garante.
Previna-se do motorzinho
Você deve estar pensando: “é possível não passar por esse motorzinho?” A resposta é sim. Mas a saída chama-se prevenção. Borba afirma que ter uma higiene bucal adequada e visitar regularmente seu dentista para as consultas de revisão mantém sua saúde oral sempre em dia, prevenindo o uso do indesejável motorzinho nos dentes. Mas mesmo se a utilização da broca for necessária, o profissional pede calma. “Com certeza seu dentista usará técnicas anestésicas modernas a fim de evitar uma provável dor”. Então é hora de deixar esse medo de lado, procurar um dentista de confiança e esclarecer todas as dúvidas. O que mais importa é preservar sua saúde e buscar o melhor para você.